O mercado da longevidade movimenta R$ 1,6 trilhão por ano em produtos e serviços, segundo pesquisa realizada pelo Sebrae-SP. Dados do IBGE mostram que em dez anos a parcela de pessoas com 60 anos ou mais passou de 11,3% para 14,7% da população. Um a cada três brasileiros será sênior nas próximas décadas, como estima o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE). Esse grupo já soma mais de 37 milhões de pessoas.
Esses números sobre a longevidade da população mais velha vem refletindo o desempenho das “Agetech” ou “Silvertech” nos Estados Unidos, que geraram investimentos de Venture Capital na ordem de US$ 1 bilhão, em 2021. O Brasil esse mercado ainda é ignorado, ou pelo menos era.
Pensando neste cenário a Silver Hub começou a operar no Brasil. Como os negócios ainda são incipientes, o propósito da aceleradora é investir em startups que produzam inovação em produtos e serviços para a população sênior (50+), iniciativa que vem ao encontro da mudança radical do mercado, associada ao envelhecimento da população.
“Nosso trabalho é mão na massa. Queremos ser um trampolim de apoio em diversas frentes para fazer crescer o negócio, inclusive, no suporte emocional aos founders, que enfrentam a solidão e outras dificuldades na difícil jornada de empreender”, afirma Cristián Sepúlveda Lazzaro, CEO e cofundador da Silver Hub.
O edital de seleção de startups que estejam dentro do propósito de inovação de soluções e produtos para o público sênior. Terão prioridade as startups que estejam faturando, que tenham base tecnológica e com alto potencial de escala. O edital, que está aberto até 30 de setembro de 2022, pode ser acessado na página da Silver Hub.
Conversei com com Cristián e o cofundador Marcos Eduardo Ferreira, sobre a proposta da empresa e as expectativas que fazem de alavancar startups interessadas em investir seus esforços na criação de produtos e serviços segmentados para o público da “melhor idade”.
*Foto Crédito – Mauro Stanichesk.