O novo presidente do Serpro, Alexandre Amorim, ao que parece decidiu peitar a Casa Civil da Presidência da República. Há pelo menos uns dois dias ele tem sobre a sua mesa os currículos avaliados pelo Palácio do Planalto. Mas reluta e assinar as nomeações.
O que ele quer? fechar a porteira e nomear outros, de preferência que sejam os seus?
Convém lembrá-lo que ele está num governo que, em condições normais de temperatura e pressão, sua indicação não teria passado nem pela soleira da porta de entrada da estatal que presidirá.
A empresa já tem dois meses de espera para poder tocar os seus projetos e continua no limbo, sujeita às informações de uma “rádio corredor” pra lá de duvidosa em suas intenções. Não se sabe ainda o que os propagadores de notícias diretas do gabinete da presidência querem, se tumultuar ainda mais o já tumultuado dia a dia da estatal, ou impedir que entre para a diretoria um nome que eles não concordem que esteja lá.
Nesse meio tempo, este blog indaga uma curiosidade que vem chegando para ele por diversas fontes da empresa. O representante dos trabalhadores no Conselho de Administração do Serpro, Deivi Khun, vem mantendo estreito laço de convivência com o novo presidente, ao ponto de ontem, por exemplo, ele ter a oportunidade de conversar longamente com Alexandre Amorim durante o almoço.
Não tem sido normal essa relação de representante dos trabalhadores no CA da empresa de almoçar com presidentes do Serpro. Ou ter encontros sem a presença dos olhos e ouvidos de mais ninguém da empresa. O que conversaram tanto ontem Alexandre Amorim e Deivi Khun? Falaram sobre os nomes indicados e encaminhados pela Casa Civil para as vagas de direção? Deivi deu o seu “parecer” sobre essas indicações?
Ele precisa explicar melhor essa relação de proximidade que passou a ter com o presidente da estatal. Este blog já recebeu informações que ele tem organizado uma espécie de agenda informal de encontros e visitas de Amorim dentro das dependências da empresa. Informam ainda que constantemente ele tem sido flagrado entrando ou saindo do gabinete de Alexandre Amorim.
Que “sinergia” é essa de Deivi Khun com o presidente do Serpro, depois que ele admitiu textualmente a este blog, que resolveu dar “um voto de confiança” à indicação do dirigente do Centrão, durante a votação no Conselho de Administração?
*A quem você está “representando” realmente?