A presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reconduziram ontem Paulo Ernani Gadelha Vieira ao cargo de presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com mandato de quatro anos. O decreto com a recondução do cargo saiu hoje no Diário Oficial da União.
Paulo Vieira no ano passado se meteu em confusão, ao ter autorizado a compra, com dispensa de licitação, de um software desenvolvido por uma empresa portuguesa, ao custo de R$ 365 milhões, para realizar a gestão de triagem emergencial de pacientes do SUS.
O assunto foi parar na imprensa e obrigou a Fiocurz a cancelar a compra, expondo politicamente Paulo Gadelha Vieira e o diretor do Departamento de Informática do SUS, Augusto Gadelha Vieira, que foi ex-secretário de Política de Informática no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Os dois, inclusive, chegaram a viajar para Portugal para conhecer a solução. No processo de escolha do software da empresa Alert, de Portugal, a Fiocruz apenas “fez uma pesquisa interna, baseada em “informações públicas de mercado” e “conhecimentos técnicos”, segundo informou o jornal O Globo, na época. Não ouviu propostas de concorrentes brasileiros ou internacionais e teve o aval do Ministério da Saúde.
* De lá para cá uma coisa ficou clara: O cartão SUS continua à passos de tartaruga.