Recrutamento 4.0: a revolução da IA na seleção de talentos

Por Marília Prass* – A revolução da inteligência artificial (IA) inicialmente gerou apreensão entre equipes de Recrutamento e Seleção, que viam essa tecnologia como uma possível ameaça que poderia desvalorizar o trabalho humano. Mas, passada essa fase de incerteza do novo e com processos já bem estabelecidos, percebemos a IA como uma oportunidade de potencializar o RH, ou seja, uma aliada que pode impulsionar a eficiência e agregar valor ao negócio, sem que tivéssemos quebra nas atividades de s recrutadores de alta performance.

Para isso, uma das principais iniciativas são os treinamentos de imersão, que capacitam os recrutadores a utilizar ferramentas como o ChatGPT, resultando na redução de até quatro dias, em média, do ciclo de seleção. 

Em paralelo, existem as tecnologias para aprimorar a experiência dos candidatos e a eficiência dos processos, como chatbots e sistemas de ranqueamento automático, que melhoram a navegação nos sites de carreiras, direcionando candidatos às vagas mais adequadas. Essas soluções também apoiam os recrutadores diretamente na plataforma, possibilitando o envio de mensagens, avaliações e agendamentos sem a necessidade de múltiplas interfaces. Juntas, essas iniciativas fortalecem a integração entre tecnologia e pessoas, promovendo um recrutamento mais ágil e eficaz.

No entanto, o verdadeiro diferencial está no uso estratégico da IA para liberar os profissionais de tarefas operacionais e permitir que se concentrem em atividades de mais impacto. A associação entre tecnologia e talento humano maximiza a capacidade dos times, cria um ambiente mais produtivo e alinha a operação à estratégia corporativa.

A provocação que fica é: como podemos integrar cada vez mais a IA em nossas vidas profissionais, potencializando nossos talentos e focando no que realmente importa — a geração de valor para o negócio?

*Marília Prass é gerente corporativa de Talent Acquisition da SONDA, líder em Transformação Digital.