O presidente do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (PRODERJ), Mauro Farias, está com os dias contados, deve ser exonerado nas próximas horas. O motivo foi o rompimento intempestivo de um contrato emergencial que o Governo do Rio de Janeiro mantinha com a Oi, no valor de R$ 30 milhões/ano.
Foi a resposta que a direção da Oi deu ao executivo, após ter levado um chá de cadeira e não ter sido recebida por ele para estudar alternativas à manutenção do contrato de rede com o Governo do Estado do Rio de Janeiro. A operadora desligou quase toda a rede estatal carioca, mantendo em operação apenas as áreas de Saúde e Segurança Pública, consideradas serviços essenciais.
Mesmo assim, até o serviço “Disque Corona (160), criado para dar orientação ao carioca sobre como deve proceder em caso de sintomas de Covid-19, já está desligado. Os usuários são orientados a ligar para outro número, porque esse prefixo foi descontinuado.
Em novembro do ano passado Mauro Farias havia anunciado, com festa, o lançamento do projeto da sua gestão: o “Conect@ Rio”, que permitira ao governo estadual serviços de alta conectividade e telefonia IP. Além disso o projeto teria novos recursos com ferramentas de análise do tráfego e alertas de segurança, que garantiriam avaliação preditiva para a ocorrência de determinados eventos.
Para tanto, ainda seria realizada uma licitação, que aparentemente encalhou, e substituiria o atual contrato emergencial com a OI, que já estava no quarto aditivo e acabou cancelado.
Por conta do ‘caladão’ de rede imposto pela operadora, já devem estar fora do ar além do serviço “Disque Corona”, as áreas de Educação e Fazenda. Os servidores estaduais que estão em home office também deverão ter problemas de conexão com as VPNs de suas secretarias, já que a rede está desligada. O Detran/RJ também está fora do ar.
A arrecadação de ICMS do Estado, que já sofria o abalo econômico por conta do fechamento do comércio em função do combate à pandemia, segundo informações que este site recebeu encontra-se paralisada, até que se resolva esse impasse.
*O Rio de Janeiro é o retrato do caos, num país onde TICs fez a diferença em plena pandemia do Coronavírus.