Independentemente de ser ou necessária a atualização dos sistemas da Microsoft, o pregão realizado pela Caixa, cujo contrato já foi assinado com a empresa Allen Rio (veja o extrato publicado no Diário Oficial da União), tem algumas coisas estranhas.
Primeiro foi a quantidade de “interessados” no pregão:
1 DATA GRAPHICS INFORMÁTICA LTDA
2 ALLEN RIO SERV E COM DE PROD DE INF LTDA
3 COMPUSOFTWARE INFORMÁTICA LTDA.
4 CTIS TECNOLOGIA S/A
5 TECNOTRONIK COMPUTADORES LTDA
6 SUPER MICRO INFORMATICA LTDA EPP
7 PROPERTY EMPREENDIMENTOS LTDA
8 LANLINK INFORMATICA LTDA
9 ITAUTEC.COM SERVIÇOS S/A – GRUPO ITAUTEC
10 ITAUTEC.COM SERVIÇOS S/A – GRUPO ITAUTEC
11 ITAUTEC S/A – GRUPO ITAUTEC
12 ITAUTEC S.A- GRUPO ITAUTEC
13 BRASOFTWARE INFORMATICA LTDA
14 ZERO COMERCIAL INDUSTRIAL LTDA
Para depois só quatro apresentarem propostas para a disputa:
LANLINK INFORMATICA LTDA -R$ 112.352.884,50
ALLEN RIO SERV E COM DE PROD DE INF. LTDA – R$ 112.323.501,00
BRASOFTWARE INFORMATICA LTDA – R$ 112.355.023,92
CTIS TECNOLOGIA S/A – R$ 112.358.734,00
O preço máximo que a Caixa se dispunha a pagar era de: R$ 112.358.734,50. Dentro desse princípio, a CTIS Tecnologia, para escapar de ser impedida de participar, só ofereceu uma redução de 50 centavos.
Depois, a redução de preços obtida pela Caixa com o pregão foi ínfimo, apenas R$ 265.834,50 – considerado o preço final dado ela Allen Rio que foi de R$ 112.092.900,00.
Ficam ainda três perguntas no ar:
1 – A Allen Rio usou robô? Por que deu três lances seguidos, sem que nenhum concorrente a tivesse obrigado a baixar o seu preço, já no final do pregão eletrônico?
2 – Por que a Itautec não se valeu do seu direito de preferência como empresa que produz no Brasil e tem Processo Produtivo Básico e disputou o pregão?
3 – Por que a Itautec abriu mão dessa vantagem de poder dar um lance que, mesmo que o valor fosse acima das demais concorrentes, acabaria escolhida pela Caixa em função desse dispositivo legal?