Por R$ 150 mil ‘fazemos qualquer negócio’

A diretoria do Serpro está em “pé de guerra” com a Fenadados, a federação que representa os principais sindicatos de trabalhadores de informática no país. Até aí, nenhuma novidade, não me lembro da Fenadados não brigando com diretores do Serpro, nem mesmo quando estes eram do PT.

Mas o valor da nova pendenga é bastante é interessante, pois trata-se da diretoria agora estar ávida por pagar participação nos lucros da empresa para os funcionários e a federação se posicionar contra. Algo em torno de uns R$ 25 milhões, para o caixa da empresa.

Dá para acreditar? Sim.

Se levarmos em conta que, enquanto paga uns caraminguás para os funcionários, cada um dos diretores levará de “PLR” um total de R$ 150 mil.

A Fenadados não está contra por esse motivo. É que a participação nos lucros do Serpro proposto pela diretoria privilegia os seus e deixa a maioria dos funcionários com uma merreca. E os que estão lotados na Receita Federal nem estavam na lista para o pagamento.

A Federação brecou esse acordo e a diretoria resolveu atalhar, criando uma comissão ilegal, formada pela gerentada que vive pendurada em seu saco. O próprio presidente da estatal brecou a articulação. Como Advogado, viu que no judiciário perderia essa causa de lavada.

No impasse, os diretores, que não estão todos unidos nessa questão, decidiram jogar para a Fenadados o ônus deles não pagarem agora a PLR. Soltaram uma nota culpando os sindicatos. Ao que parece que não está convencendo nenhum funcionário que tenha pelo menos um nível médio de cérebro.

*O desespero da diretoria é simples: o ano está acabando, o acordo não sai, e pode haver uma mudança de governo. O que, por consequência, todos sairão de mãos abanando.