Em nota oficial publicada hoje (25), a Polícia Federal informa que instaurou uma investigação preliminar que visa apurar o ataque cibernético ocorrido no dia 23 contra os sistemas internos e administrativos do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. Poucos detalhes foram dados pela autoridade. Apenas que a Diretoria de Crimes Cibernéticos está trabalhando em conjunto com a Secretaria de Governo Digital, no sentido de identificar e punir os criminosos.
Mas o quê efetivamente ocorreu dentro do SEI – Sistema Eletrônico de Informações? Houve roubo? Apagaram dados? Quais? Até agora não há informações concretas sobre o ocorrido.
A única informação disponível até agora é que o ataque causou indisponibilidade dos serviços desse sistema, responsável pelo andamento eletrônico de processos administrativos em nove ministérios, além do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e da Casa da Moeda. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos assegurou que “sua arquitetura e respectivo barramento, permanecem íntegros”.
“Informações preliminares apontam que o ataque atingiu apenas sistemas administrativos, está controlado e que o MGI possuía cópia dos sistemas atingidos, de modo a garantir o reestabelecimento dos serviços”, confirma em nota oficial a Polícia Federal.
Até aí, tudo bem, mas é curioso que ocorra um ataque que tira do ar nove ministérios e afete a movimentação administrativa do Coaf, justamente num momento em que o órgão está no foco das discussões do escândalo das rachadinhas e sobre o uso de uma “Abin paralela” para investigar auditores da Receita Federal que acessaram dados fiscais do senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ).