Teletime saiu na frente com as indicações de primeiro escalão. E eu pego essa carona.
Paulo Bernardo seria, de fato, um bom nome para o Minicom. Conhece o PNBL como ninguém, participou inclusive do lançamento do plano. Tem bom trânsito político e com a mídia em geral.
Com ele nesse ministério, que projetos deverão ser centralizados pelo PT lá dentro? Eu aposto nas “13” seguintes ações de Paulo Bernardo, com base em conversas que tive com boas fontes, sintonizadas na área:
1- O projeto UCA (anorextop) pode sair do MEC e ficar com ele, pois falta resolver a conectividade. Além disso o MEC se livra deste abacaxi.
2 – O PNBL, no tocante ao planejamento estratégico para os próximos anos, que hoje é tocado por um comitê de inclusão digital, também passaria para as suas mãos.
3 – A TV pública (gestão da PPP) sairia da esfera de controle da SECOM e iria para o Ministério das Comunicações.
4- O Funttel, hoje controlado por um comitê gestor, pode ficar sob sua esfera de controle direto, levando em conta a sua aplicação em projetos do governo que necessitem de política industrial. Como o PNBL por exemplo.
5 – Temos também o FUST, que não anda para canto algum. São sempre em torno de R$ 600 milhões que acabam indo para os cofres do Tesouro Nacional para fazer superávit primário.
6- Revisão dos contratos de concessão das teles. Embora esse assunto esteja na Anatel e ele tenha de ser resolvido antes do dia 31 de dezembro, sugiro aos conselheiros conversar com ele antes de ser tomada alguma atitude. Mas isso, se até lá ficar confirmada a ida de P. Bernardo para o Ministério das Comunicações. Com certeza se nada acontecer, Bernardo assumir e a coisa não ficar ao seu gosto, teremos problemas lá na frente.
7 – Outros projetos, dependendo do que venha sendo tocado pela Anatel, se não sair até ele assumir, tudo terá de passar pelo seu crivo depois.
8 – Bernardo deverá tomar para si, a tarefa de tocar uma política industrial de governo para a TV Digital ( aí tem Funttel também), que até agora anda de lado no Ministério do Desenvolvimento.
9 – Terá a dura tarefa de acabar com o cartório montado no PMDB na área de radiodifusão e Correios.
10 – Poderá entrar no circuito para atrair para o ministério a Agencia Espacial Brasileira, que tem verba de R$ 1,5 bilhão a até agora não disse a que veio.
11 – Tem tudo para retirar da SLTI do Ministério do Planejamento, a área de inclusão digital (telecentros), outro projeto que não anda.
12 – A Telebrás, que só saiu do papel por que ele apoiou fortemente, deverá ser turbinada em sua gestão, para garantir que o PNBL se torne uma realidade à curto prazo.
13 – Também terá influência no núcleo político mais próximo da presidente Dilma Rousseff.
* Querem mais?