Na campanha salarial de Brasília tudo pode acontecer. Imaginem os senhores, que as grandes empresas de informática vinculadas ao SINDESEI – sindicato que é processado por formação de cartel – não concordam com a proposta dos trabalhadores, de acabar com o repasse de 1% da folha salarial para a Escola de Formação dos Trabalhadores de TI (EFTI).
Os trabalhadores preferem que o montante desse repasse, um mistério maior que os manuscritos do Mar Morto, seja canalizado para melhorar salários ou outro benefício.
Mas esses patrões maravilhosos não aceitam de jeito nenhum. Eles acham muito importante que seus trabalhadores sejam qualificados pela EFTI, aliás somente pela EFTI. Ainda que nunca tenham apresentado claramente planilhas mostrando quantos foram beneficiados, por empresa, ao longo dos últimos anos.
A EFTI continua numa situação anacrônica. Embora tenha sido criada com recursos do Ministério da Educação por solicitação do SINDPD-DF, foi incorporada ao patrimônio do ex-diretor jurídico, Avel de Alencar, expulso do sindicato por Corrupção. E ele agora se apresenta como Diretor-Presidente da EFTI.
Sua mulher, Patrícia Alencar, passou a comandar a ASTEQ – Uma Associação Picareta, que representa a faculdade construída por Avel de Alencar na cidade goiana de Itapaci com o dinheiro desviado do Imposto Sindical, além de recursos obtidos com o repasse de 1% dessas empresas boazinhas. Que não abandonam nem a pau a qualificação dos seus trabalhadores.