Por Jonathan Kovatch* – É comum encontrarmos os termos Inteligência Artificial (AI), Automação e Humanização envolvidos quando o assunto é o futuro. De uma certa forma, a busca incessante pela praticidade nos direciona para lugares em que as atividades manuais dão espaço e tempo para a potencialização da capacidade humana a partir de tarefas otimizadas. Pensando nisso, como a comunicação se conecta ao tema? O que mudará no futuro?
Segundo levantamento feito pela McKinsey, 71% dos consumidores esperam uma comunicação personalizada das empresas e 76% ficam frustrados quando as marcas não as entregam. Se conectar é compreender a realidade, interesses, necessidades e emoções do seu público, com o objetivo de criar uma relação de confiança. Costumamos dizer, resumidamente, que o ser humano deve estar no centro das estratégias, ou seja, o usuário não é mais visto apenas como consumidor, mas como uma pessoa que se relaciona, interage e faz parte do crescimento e história da marca.
Seguindo na linha do conteúdo humanizado, o User-Generated Content (UGC), em português conhecido como Conteúdo Gerado por Usuários, mostra como o público está cada vez mais ativo na relação com as marcas e está assumindo – indiretamente – o protagonismo de produzir seu próprio conteúdo. Ou seja, nada mais é do que uma pessoa falando da sua marca, através de comentários, posts, fotos, vídeos e qualquer outra mídia produzida espontaneamente dissertando uma crítica ou citando um produto ou serviço. Essa ferramenta, muito impulsionada pelos influenciadores digitais, explodiu e deve ficar na ativa por um bom tempo.
Quando viramos nossos olhos para a tecnologia e os KPIs, está mais que provado que os dados surgiram como reforço e precisam estar em toda e qualquer estratégia que vise o crescimento. Mais do que apenas informar e metrificar, as diversas novas ferramentas que têm surgido no mercado estão focadas em garantir uma contribuição ainda maior para as empresas de todos os setores através de insights mais precisos sobre o comportamento e perfil dos usuários.
Caminhando para o lado mais diplomático do corporativismo, mais do que nunca, a preocupação com diversidade, inclusão e a responsabilidade social e ambiental estarão fortalecidas nos próximos anos. Além disso, deverão obrigatoriamente fazer parte de todas as estratégias dentro das companhias, principalmente na comunicação. Saber conciliar os compromissos assumidos na prática com o poder de comunicá-los, entendendo sua influência na sociedade, é a grande chave do sucesso. O mercado está atento e o consumidor está crítico, será preciso tirar as ideias do papel o quanto antes.
De maneira geral, a Inteligência Artificial se apresenta como a união de todas as tendências de futuro na prática. Mais do que revolucionar, a IA permite que imaginemos um mundo completamente diferente para as próximas gerações. Pelo menos, até o momento, a proposta da Inteligência Artificial na comunicação de empresas não é tirar o protagonismo dos seus colaboradores, mas usar todo o potencial criativo de ambos os lados para alcançar voos cada vez maiores.
Talvez o grande exemplo disso seja o Chat GTP, um novo sistema de chat baseado em Inteligência Artificial (IA). A ferramenta permite diálogos em diversos idiomas sobre praticamente qualquer assunto, de maneira aparentemente natural, com respostas para inúmeras perguntas, além da possibilidade de criação de conteúdo do zero através de um banco de dados de livros digitais, publicações e outras mídias.
Fato é que ainda temos muito o que aprender dentro desse universo de evolução e projeções futurísticas. Estamos cada vez mais exigentes, imediatistas e críticos, e é preciso estarmos atentos às tendências do mercado e alinhados às novidades e evoluções que são apresentadas. O futuro já começou.
*Jonathan Kovatch, Co-founder da KR2 Comunicação.