João Carlos Strappazzon, funcionário do Serpro e nas horas mais que vagas, costuma ser uma espécie de “oráculo” dos serprianos com meia voltagem cerebral, andou anunciando a volta de Glória Guimarães para a presidência da estatal.
Foi num grupo de WhatsApp bem frequentado pela nata da Bolsolândia:
Bem, acredito que o “Paulo Chifrudo” seja o ex-ministro Paulo Bernardo. De resto, sobre o histórico de passagem de Glória Guimarães pelos governos do PSDB, PT, PMDB e quase emplacou o governo Bolsonaro, deixo com ele a autoria das informações.
Pode até fazer um certo sentido Glória voltar para o Serpro, algum dia. Ela se deu bem com a casa, ao que me consta. Deu até um prêmio de “bom gestor” para o Caio Paes de Andrade ir buscar recentemente – o amigão do Strappa nessa sua versão bolsomínion.
Mas para que isso ocorra, não seria pelas mãos do governo diretamente. Não creio em tal hipótese. Glória poderia voltar, sim, mas pelas mãos da Capgemini. Basta que a multinacional francesa repita a operação que fez no governo do PT e compre uma pequena participação societária do Serpro, quando a empresa tiver o seu capital aberto, se chegar a ter.
Para relembrar a história, a multinacional francesa vendeu 25% da sua participação societária na CPM Braxis para a CaixaPar. Isso imediatamente tornou a Capgemini uma espécie de “sócia” da Caixa, o que lhe garantiu, por exemplo, um contrato de ERP mais caro que se tinha notícia na época: R$ 518 milhões. O negócio acabou no Tribunal de Contas da União que não concordou com a tese da tal sociedade, pelo fato da CaixaPar ter comprado 25% (nem era o controle) de uma subsidiária nacional da Capgemini.
Que fim levou? A Capgemini continua lá dentro da CEF de todo jeito, executando contratos, mesmo sem ser sócia. Porque nesse país ninguém mais dá bola para o TCU.
Mas a lógica diz que Glória estaria hoje em dia muito mais para ser presidente da Cobra Tecnologia, numa eventual privatização da subsidiária ofídica do BB – que agora atende pelo nome BB Tecnologia.
Penso nessa hipótese porque Glória Guimarães foi chamada para vice-presidente da área de bancos da Capgemini, área que ela também conhece bem, por ser funcionária aposentada do Banco do Brasil. Portanto faria mais sentido pisar na Cobra, uma subsidiária que pode ser vendida a qualquer momento pelo Banco do Brasil sem a necessidade de autorização legislativa.
*Vamos aguardar para ver se a versão Olavo de Carvalho serpriana falou com base em alguma informação privilegiada, dada pela diretoria da estatal, ou se apenas esqueceu de tomar o remédio e postou o que sonhou entre uma cochilada e outra em frente ao PC.
PS – Strappazon a foto tá muito ruim, se puder mande uma mais atual, de preferência sem camisa xadrez. O S. João já passou.