O presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, por intermédio de sua Assessoria de Imprensa, acaba de lançar uma revista que, obviamente, fala bem da sua gestão. Nada demais, neste país cada um se promove como quer, mesmo tratando-se de uso de dinheiro público.
Só acho que o expediente dessa revista – parece que terá 300 exemplares impressos – omite dado importante. Tipo: Quanto se irá gastar em gráfica pelo impresso?
Bom, deixando a revista de lado, passemos para o mundo real em que vive Rodrigo Assumpção.
Coloquei as mãos nos resultados financeiros da Dataprev. Uma coisa me chamou a atenção foi a chamada: “Provisão para Contingências Trabalhistas”:
No comparativo com o balanço de 2008, creio que posso afirmar, com quase certeza absoluta, que Rodrigo Assumpção definitivamente não é um presidente popular dentro da empresa.
Tanto é assim, que o passivo trabalhista vem crescendo na sua administração.
A área jurídica da Dataprev fez uma análise dos riscos que a empresa teria em pagamentos de ações trabalhistas. É em cima desse risco que sai o provisionamento. Vejamos:
Possibilidade da Dataprev perder de processos:
2009
Perda remota (0% a 25%): R$ 2,149 milhões.
Perda possível (26% a 50%): R$ 8,032 milhões
Perda provável (51% a 75%): R$ 10,924 milhões
Perda muito provável (76% a 100%): R$ 41,154 milhões
TOTAL ; R$ 62,259 milhões
2008
Perda remota (0% a 25%): R$ 2,824 milhões.
Perda possível (26% a 50%): R$ 8,279 milhões
Perda provável (51% a 75%): R$ 11.476 milhões
Perda muito provável (76% a 100%): R$ 36,397 milhões
TOTAL: R$ 58.976 milhões
* Isso sem contar as ações em cima da GVR, porque Rodrigo Assumpção desconta os dias parados de funcionários em greve, um direito assegurado pela Constituição. Nesses dados também não constam a enxurrada de processos que virão futuramente, quando os novos funcionários – recém contratados por concurso – começarem a cumprir jornada de trabalho de 6hs, enquanto os antigos continuarão ralando por muito mais (8hs).