O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, saiu na frente e já escolheu o seu coordenador para o programa de Tecnologia do seu governo. Aécio convidou para a campanha o presidente do CDI – Comitê para a Democratização da Informática, Rodrigo Baggio.
Sendo confirmada a informação, fica patente que há um nítido desejo do candidato tucano de fortalecer o seu discurso em favor da inclusão digital no país.
O CDI foi criado em 1995 como uma organização não governamental – sem fins lucrativos – no Rio de Janeiro, voltada para a informatização das classes menos favorecidas. Ao que conste, nunca se pendurou nos cofres de governos. Buscou parcerias na iniciativa privada e alcançou resultados bastante satisfatórios.
No seu site, o CDI apresenta alguns resultados na área de inclusão digital:
Espaços de Inclusão Digital: 715
Vidas impactadas desde 1995: 1.58 milhão
Beneficiários diretos em 2013: 46.072
Educadores e Coordenadores em 2013: 1.890
Países com presença CDI: 10.
O mais interessante, contudo, é que Aécio fugiu ao padrão tucano de considerar que somente há vida inteligente na área de tecnologia no Estado de São Paulo. Ele foi buscar Rodrigo Baggio no Rio de Janeiro para coordenar a campanha nessa área, deixando de lado nomes famosos que montaram as plataformas de campanha de Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e José Serra.
Os demais coordenadores dos candidatos, Dilma Rousseff e Eduardo Campos que coloquem sua barbas de molho porque, além de estarem atrasados, em alguns casos aquilo que já foi mostrado como conteúdo de campanha chega a ser tão ruim que surpreende.
Não é admissível que a candidata governista Dilma, por exemplo, não possa apresentar algo que seja mais palatável do que a intenção de ampliar a banda larga e regulamentar o Marco Civil da Internet.
E espera-se que Eduardo Campos apresente algo até melhor que os outros, pois ele não pode desconsiderar que já foi ministro da área.
*A conferir.