Provavelmente nunca saberemos o que foi tratado entre a Abin e a CIA, sobre redes privativas 5G. Da mesma forma, talvez jamais conseguiremos descobrir o que aconteceu na viagem com o relator do TCU no edital do leilão do 5G, ministro Raimundo Carreiro.
Será que ele brigou com o ministro do Twitter e das Comunicações Fábio Faria? Sabe-se que Carreiro vem irritando profundamente o governo com a demora em aprovar o edital. Já voltou a circular a notícia de que o presidente Bolsonaro quer antecipar a aposentadoria de Carreiro, para abrir uma vaga para algum apadrinhado político e assim ter maior controle do TCU.
Nunca saberemos. Mas olhando para o ministro da Corte de Contas, constata-se que Carreiro é um guerreiro, não se submeteu sem reagir ao assanhamento de Fabio Faria, que quer por as mãos em R$ 2 bilhões para construção da rede privativa 5G, longe do controle orçamentário do TCU.
Agora, preocupação mesmo, é quanto ao senador Flavio Bolsonaro. Ele também esteve na “Missão 5G” de Fabio Faria e até participou do mico da visita ao BID.
Flavio foi aos EUA conhecer a tecnologia 5G ou fazer uma sessão de botox?
Ou o senador esteve nos EUA apenas para dar uma caprichada na sobrancelha com a logo da Nike?
O único fato comprovável, neste momento, é que o governo brasileiro está tão alinhado com o governo norte-americano na intenção de tirar os chineses da construção da infraestrutura de rede 5G, que o discurso sobre “parceiros confiáveis” não sai mais da boca do ministro do Twitter e de autoridades do Governo Biden.
