Não se pode dizer que o casal não seja democrático, quando o assunto é “neutralidade de rede”.
Mas a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, por exemplo, tem em seus quadros auxiliares, no cargo de subchefe para Assuntos Jurídicos, o Advogado Ivo da Motta Azevedo Correa, mais conhecido como: Ivo Correa, o ex-diretor de Políticas Públicas e Relações Governamentais do Google.
Aliás, a história de Ivo, trazida hoje à público pelo jornalista Silvio Ribas e publicada pelo Blog do Vicente – que também é jornalista, do Correio Braziliense – é cheia de mistério e suspense.
* Vale uma leitura atenta.
Porque pode ser dali que virão os próximos rounds da luta entre o Google e as Teles por contra da neutralidade de rede, que está pronta para ser votada no âmbito do projeto que institui o Marco Civil da Internet.
Eu diria até que a forma como o relator do projeto, Alessando Molon (PT-RJ), redigiu o seu substitutivo, deixa claro que Ivo teve alguma participação na elaboração do texto, quando ainda estava no Google.
Não é à toa que as teles, através do SindiTelebrasil, tiveram de acionar o amigo e ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para colocar o time em campo e barrar as tentativas de Alessandro Molon de aprovar o Marco Civil da Internet, com uma proposta de neutralidade de rede que desagrada os conglomerados de telecomunicações.
*Resta saber qual o interesse em “queimar” a presença de Ivo Correa agora, na Casa Civil da Presidência da República, num momento em que o Marco Civil volta a ser cogitado em ser votado. Depois dos escândalos de espionagem da NSA, volta e meia um representantre do governo afoitamente deixa escapar uma suposta presença do Google, entre as empresas que colaborariam para a espionagem norte-americana.