Concordo com tudo o que vem sendo publicado com relação supostas negociatas da Oi com o governo e o TCU na questão da devolução de sua concessão. É uma bandalheira o que ocorreu com os bens reversíveis, etc. Mas acho desonesto creditar ao Governo Lula esse escândalo. Esse problwemas dos bens reversíveis começou após o processo de privatização, não é fato novo. Todos os governos, desde FHC, nunca se preocuparam em tornar esse assunto transparente.
A situação financeira da Oi vem se agravando há anos e chegou ao limite no Governo Bolsonaro, com a consequente recuperação judicial. As decisões que foram tomadas entre Anatel, Ministério das Comunicações, Oi e TCU ocorreram ainda na gestão de Fábio Faria no MCOM em 2022.
A Anatel tem uma diretoria nomeada na gestão Bolsonaro – o que não é demérito, pois considero como sendo uma das melhores que já pude acompanhar como jornalista. Mas é fato, as nomeações partiram de Bolsonaro, não são “diretores do Governo Lula”. A Oi, por sua vez, está falida desde o governo Michel Temer. A decisão que agora beneficiará o banco BTG, que é sócio da Oi na empresa de redes V-Tal, por conta do preço subavaliado dos bens reversíveis, foi desenhada no MCOM e Anatel de Fábio Faria.
E quem passou a trabalhar no BTG ao fim do governo Bolsonaro? Fábio Faria.
Afirmar ou sugerir que esse escândalo está sendo parido pelo Governo Lula, que não nomeou ninguém para a Anatel ou o TCU e muito menos controla a Oi, se não for imprecisão jornalística é desonestidade intelectual.
*Todo esse processo já se arrasta há anos, mas só agora sentiram o fedor.