
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, visitou em Ottawa no Canadá a sede da Telesat, onde conheceu o projeto de desenvolvimento de uma constelação de satélites de baixa órbita para atendimento corporativo. O ministro conversou com o CEO da companhia, Daniel Goldberg.
A Telesat atua no mercado de satélites geoestacionários há 55 anos. No ano passado a empresa decidiu iniciar os testes para a uma constelação de satélites em baixa órbita, que será chamada de Telesat Lightspeed.
Esse tipo de constelação oferecerá a partir do ano que vem velocidades mais altas de conexão à Internet e estabilidade do sinal (latência). Segundo a companhia, serão 198 satélites em órbita a 1,3 mil km de altitude em até dois anos, com investimento já assegurado de US$ 3,8 bilhões.
A empresa oferece uma rede totalmente controlada pelo governo federal para oferecer serviços públicos, como, por exemplo, conectividade em escolas e unidades de saúde.
No canadá o ministro manterá reuniões com autoridades do Governo de Quebec e conhecer o modelo de conectividade em locais isolados. A administração local oferece conexão para comunidades indígenas, por exemplo. O ministro é acompanhado pelo chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais, Jeferson Nacif.
O governo vem fazendo a sua parte na busca de uma competição na área de satélites de baixa órbita no Brasil, para evitar a hegemonia da Starlink. Porém, ainda esbarra na má vontade da Anatel com a Telebras, que vem tem realizado parcerias com as empresas do setor, mas não consegue por em execução um contrato para conectividade escolar.
O contrato da Telebras com a EACE – entidade controlada administrativamente pelas operadoras móveis, ainda não foi assinado. O processo se arrasta há seis meses sem uma definição. A agência reguladora vem fazendo vitas grossas e deixando as teles empurrarem com a barriga a contratação da estatal. As operadoras queriam contratar a Starlink, do empresário Elon Musk. Aquele que ameaçou cortar a conexão na Ucrânia, caso aquele país não aceite assinar um acordo de paz com a Rússia.
Foto: Kayo Sousa.