Não tinha entendido ainda, o porquê do conselheiro da Anatel, Marcelo Bechara, participar daquelas paradisíacas viagens do CGI.br. Ele está em Singapura participando daquelas “modorrentas” reuniões do ICANN com direito a todas as mordomias, porque ninguém é de ferro.
Normalmente gente do governo não participa desses manás, a não ser quando vai um ministro ou aqueles que precisam se mostrar no Facebook tomando cervejinha com amigos.
Conversando com o presidente da agência João Resende anteontem, no intervalo do seminário Políticas de (Tele)comunicações, da Converge (Teletime), descobri a razão.
Bechara se livrou de ter de dar hoje o seu voto na reunião do Conselho Diretor, em um dos maiores pepinos que a Anatel terá de resolver este ano: o caso das licenças vencidas da Oi e da TIM. O tema está pautado para ser decidido hoje pelo presidente da Anatel.
Com isso, ele escapa de ter de deixar os usuários de telefonia móvel sem as duas operadoras, caso a decisão da Anatel de logo mais à tarde seja pela cassação das licenças. Convenhamos, ter de encarar uma Singapura pela prôa é muito melhor do que calar a voz de 52 milhões de usuários do serviço.
*Bechara, seu danadinho.