Clarice Coppetti, ex-vice-presidente de TI da Caixa Econômica Federal, foi surpreendida hoje de tarde por vários telefonemas, inclusive de familiares, todos desesperados querendo saber notícias dela.
Motivo: o Jornal Nacional numa de sua chamadas, às 17hs, anunciou que ela teria sido presa pela Polícia Federal, por envolvimento numa operação de combate à corrupção ocorrida no Ministério do Turismo.
Parece surreal, mas não é.
A apresentadora Fátima Bernardes anunciou que uma das pessoas presas pela Polícia Federal nessa operação seria a pobre da Clarice, que ainda está de quarentena e se bobear nunca colocou os pés nesse ministério.
A coitada estava sossegada em seu canto, preparando-se para fazer uma palestra na Universidade de Brasília, quando começou a receber a enxurrada de telefonemas. Entre eles o mais dolorido para ela foi o de sua mãe, idosa, que sofreu muito enquanto não conseguiu saber notícias da filha.
Como vice-presidente de TI da Caixa Econômica Federal, a conduta de Clarice Coppetti sempre foi exemplar. Até hoje tento entender por que Dilma não a aproveitou em seu governo, mas tenho fé que isso ainda ocorrerá.
Disse aqui no Blog certa vez, que lamentava a saída dela da vice-presidência da Caixa, porque dentre os maiores legados que ela deixou para a TI naquela instituição foi justamente o resgate da respeitabilidade.
O Jornal Nacional, que acabou de lançar um “código de ética e conduta”, simplesmente deu a informação na sua escalada do fim da tarde sem nenhuma confirmação oficial, e somente quando abriu a edição fez um pedido de desculpas para a vítima.
* Pedir desculpas é pouco. Cabeças não podem ficar em cima de determinados ombros impunemente, depois dessa tremenda cagada no jornal de maior audiência do país.