Por Fabrício Santos* – A otimização do processo de transporte e armazenagem de produtos se torna cada vez mais essencial para empresas do atacado distribuidor e varejo em decorrência do novo perfil de consumidor: digital e imediatista. Ao mesmo tempo, é necessário simplificar as etapas da operação para evitar problemas, isto é, organizar os sistemas de gestão e envio dos produtos para que eles trabalhem de forma interligada e levem mais qualidade e agilidade às atividades dentro e fora dos armazéns.
A ideia é que a estrutura sistêmica favoreça à gestão e padronize os fluxos de atividade, sendo possível observar cada detalhe dentro do processo estratégico, o que facilita a comunicação entre os estoques e a visibilidade sobre a previsão de demanda.
Na intralogística é considerado que, uma vez que um pedido é realizado, ele precisa ser direcionado ao transporte o quanto antes para chegar ao cliente com mais agilidade e, dessa forma, fidelizá-lo. Nesse sentido, é importante determinar uma sequência de ações para ter o controle sobre as etapas da operação e garantir que tudo seja feito de forma pontual, função que pode se tornar mais simples com o uso de indicadores de desempenho, nos quais é possível medir e acompanhar a evolução do trabalho.
No entanto, apesar de 92% dos varejistas possuírem um setor voltado à armazenagem, somente 38% investe em gestão para essa área da empresa, de acordo com o Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de Logística. A pesquisa mostra ainda que a roteirização logística e a integração de rastreamento são de 39%, ou seja, abaixo da média de outros setores. Investir em soluções específicas potencializa a forma como as empresas lidam com os transportes e resolve a gestão do curso logístico com sistema de checklist, ferramentas de rastreio e previsão de entrega.
Diante desse cenário, a automatização dos processos logísticos torna possível agilizar as operações e o custo de cada uma delas. Isso pode ser feito por meio do sistema TMS (Transportation Management System), que gerencia os processos de controle com mais precisão e disponibiliza todas as informações referentes ao transporte de carga, ou usando a ferramenta WMS (Warehouse Management System), cuja função é centralizar o controle das operações do momento em que o produto chega ao seu estoque até a sua expedição, auxiliando todo o processo de logística interna e cuidados com o armazém.
O uso de tecnologias para a modernização e integração da logística do atacado e varejo é um aliado, já que, com elas, é possível gerir estoques e transportes, melhorando o formato de armazenamento e cubagem dos veículos. Consequentemente, essa novidade facilitará o giro rápido de mercadorias e aumentará a produtividade.
Mas, devemos lembrar que, para isso acontecer, é necessário que exista treinamento e capacitação dos colaboradores para que o recebimento, o manuseio, a contagem e a alimentação dos sistemas logísticos sejam realizados com mais facilidade, e em casos de atraso no recebimento ou crises inesperadas, os profissionais saibam como agir.
A integração do processo logístico com softwares não se trata apenas de investir no presente e no acompanhamento da tecnologia, mas, sim, de melhorar as estratégias para aumentar a velocidade e qualidade das entregas, permitindo que seja possível proporcionar uma experiência de compra satisfatória aos clientes, além de melhores ferramentas e capacitação para os colaboradores, garantindo, assim, o diferencial das empresas do setor.
*Fabrício Santos é diretor da onBlox, empresa do Grupo Máxima que desenvolve softwares logísticos comercializados em módulos para a cadeia de abastecimento. Com formação em análise de sistemas pela Universidade Salgado de Oliveira, o executivo atuou por mais de 12 anos na PC Sistemas (atual Totvs), onde desenvolveu vasta experiência na construção de sistemas.