IDC alerta para aumento do mercado cinza de wearables em 2021

O crescimento registrado no mercado brasileiro de “dispositivos vestíveis” (pulseiras, brincos, camisetas, relógios, fones de ouvido, etc.) vem atraindo a atenção dos falsificadores de wearables. Desde o ano passado a IDC Brasil vem registrando uma alta no mercado cinza, tendência que deverá se repetir em 2021, à medida que o setor (o legalizado) vem crescendo e elevando as vendas no país.

Os dispositivos inteligentes entraram para a lista dos altamente desejáveis pelo consumidor e abriram o apetite de importadores não oficiais, vendedores ilegais e até de falsificadores. Temos percebido um movimento agressivo do mercado cinza de wearables e com chances até de superar a venda de smartphones no mercado ilegal“, afirma Renato Murari de Meireles, analista de pesquisa e consultoria em Mobile Phones & Devices da IDC Brasil.

Em comunicado oficial da consultoria, o especialista não disse que medidas regulatórias poderiam ser aplicadas para impedir o crescimento das falsificações, mas este site já viu o setor de hardware resolver essa questão no Brasil, ou pelo menos impedir a avalanche de PCs de fundo de quintal, quando o governo implantou a Lei de Informática.

Com base no desempenho do mercado de wearables em 2020, o IDC projeta crescimento em 2021. Segundo a consultoria, este ano os fitbands, smart watches e fones de ouvido truly wireless continuarão experimentando forte crescimento. “São categorias novas, com muito espaço para crescer e que vêm sendo bastante demandadas por um público adepto a estas tecnologias e consequentemente muito ofertado pela indústria, com recursos e conceitos cada vez mais aprimorados“, justifica o analista da IDC Brasil.

A projeção para este ano é de vendas de mais de dois milhões de unidades de pulseiras e relógios inteligentes, e de quase um milhão de fones de ouvido sem fio e com integração a outros dispositivos.

A IDC Brasil também prevê que o setor corporativo entrará no mercado de wearables com um pouco mais de força. Segundo Meireles, o varejo continuará sendo o caminho natural dos dispositivos vestíveis, mas com o trabalho remoto cada vez mais adotado e com perspectivas desse modelo se manter ou ser adequado mesmo com o fim da pandemia, deve aumentar o número de empresas que, além de equipar seus funcionários com um notebook, oferecerá também um fone de ouvido com as facilidades de conexão com a internet e/ou outros dispositivos.

Quanto à categoria de pulseiras e relógios, já contou com iniciativas B2B na área da Saúde em 2020 e em 2021 deve ganhar um reforço. “A indústria percebeu o que o IDC Consumer Behavior 2020 constatou – que os jovens aderem aos wearables pelos recursos fitness e os mais velhos pelas possibilidades de cuidados com a saúde – e está investindo em devices com recursos como oxímetro, , e medidor de frequência cardíaca entre outras funções health mais avançadas, sendo uma conexão com médicos e hospitais“, conta o analista da IDC Brasil.

2020

No ano passado as categorias de dispositivos vestíveis que tiveram maior performance de vendas foram os fitbands e smart watches (vendidos 1.394.857 desses equipamentos), o que gerou uma alta de 81% em relação a 2019. Os fones de ouvido truly wireless venderam 569.781 unidades, alta de 284%. Somando as duas categorias, a receita foi de R$ 2.242.716,242.

*Fonte: Assessoria de Imprensa. Imagem extraída do site Saúde Business.