Foi muita baixa a atitude da Abrafix – a associação que reúne as empresas de telefonia fixa – de mandar uma carta para a Anatel, colocando sob suspeição os funcionários da Telebrás que lá prestam serviços. A maneira como essa entidade colocou a questão, mostra o tamanho do desespero das empresas com o Plano Nacional de Banda Larga do Governo Lula.
Se não podem contar com o próprio governo para conseguirem mais grana para colocar uma Internet ruim em locais onde antes nunca deram bola, porque “não dá lucro” e nem tampouco parar o PNBL, então tratam de desqualificar profissionais que há mais de 10 anos trabalham nesta agência reguladora, sem nunca terem dado motivos para quaisquer suspeitas.
Curiosa foi a atitude dos conselheiros. Nenhum veio à público defender os funcionários. Não tiveram a mesma preocupação como quando fizeram em relação a Folha de São Paulo, que bateu nesta agência pela falta de transparência com que age no setor. E sempre em favor destas empresas.
Também silenciosa foi a atitude do SindiTelebrasil em relação ao assunto. Esta entidade tem de vir à público e se manifestar contra ou à favor da nota oficial da Abrafix.
Não é aceitável que tamanha acusação levantada contra os funcionários da Telebrás – lotados na Anatel – passe despercebida. Ainda mais quando o SindiTelebrasil é presidido por um ex-conselheiro da Anatel, que antes nunca abriu a boca para falar mal do comportamento de funcionários desta agência reguladora.
* Com a palavra o senhor Antônio Carlos Valente, presidente do SindiTelebrasil e da Telefônica, que em última instância subscreveu tal documento.