Começou hoje (18) uma greve nacional na Dataprev. A primeira do Governo Lula em estatais de TI/Telecom, por conta do não fechamento de um acordo para o Teletrabalho híbrido na empresa.
E o dia amanheceu com a PM na porta da Dataprev no Rio de Janeiro.
Em São Paulo, o pedido da PM foi oficializado pelo Superintendente de Serviços Logísticos (SUSL), Luciano Vaz Sampaio, sob a alegação de que a “presença da Polícia Militar será essencial para prevenir distúrbios, assegurar que as operações essenciais da empresa não sejam prejudicadas e garantir que as informações sensíveis dos cidadãos permaneçam invioláveis”.
No Governo Bolsonaro a empresa passou por dois movimentos similares, mas em nenhum deles a direção chamou a PM para “proteger” a empresa.
Não se tem registros na história da Dataprev, que já vai para o seu quadragésimo nono ano a ser comemorado em novembro, de que funcionários em greve tenham de alguma forma depredado a empresa que trabalham ou praticado roubo de dados durante o movimento.
Isso ficou comprovado no ofício do superintendente paulista ao comando da PM, quando ele próprio reconhece que “paralisações havidas em anos anteriores (…) transcorreram pacificamente”.
Mas alega que haja agora uma preocupação de que “possam vir a ocorrer comportamentos hostis no anunciado movimento paredista, com risco de que alguns manifestantes venham a ameaçar a integridade dos colaboradores e das instalações físicas desta empresa pública”.