O Ministério da Economia lançou o edital para contratar 350 temporários para atuar na “Transformação Digital” do governo com salários de R$ 8,3 mil e carga horária de 40 horas semanais. A decisão sacudiu o mercado de Tecnologia da Informação, que já reclamava da pouca proatividade do governo em estimular o setor em meio à pandemia do Coronavírus.
A decisão não está agradando os empresários, que temem uma debandada de trabalhadores, além de uma acentuação na já forte retração das contratações de novos serviços que vem sentindo desde o início do Governo Bolsonaro. Sem contar com a possibilidade de perderem alguns benefícios como, a desoneração da folha de pagamentos, num momento ruim para a Economia com a pandemia do coronavírus.
Não à toa, o Sindicato da Indústria da Informação do Distrito Federal (Sinfor-DF) confirmou a esta site que já está estudando com o seu corpo jurídico, se entra com uma ação no Judiciário e tenta impugnar o edital.
Do lado dos trabalhadores, sobretudo os de empresas estatais, a ira é pelo fato de estarem se desdobrado para atender a todas demandas da Secretaria de Governo Digital e são pouco reconhecidos pelo esforço. No caso dos trabalhadores, o Sindpd-RS entrou com um pedido de investigação do Tribunal de Contas da União e medida cautelar para impedir as contratações.
O governo não está sendo claro sobre a necessidade dessa contratação, tendo duas empresas estatais para realizar os mesmos serviços.
Entre os trabalhadores dessas empresas públicas, já existe o temor de que isso seja uma manobra do governo, para futuramente extinguir o Serpro e a Dataprev, após ter descoberto que não tem base de apoio suficiente no Congresso Nacional para pedir a privatização delas.
*VEJA A ÍNTEGRA DO EDITAL.