
Em apenas três meses o Sistema de Gestão de Apostas (Sigap), que monitora e fiscaliza as atividades do setor de jogos online e apostas esportivas no Brasil já vem gerando um grande volume de dados. De acordo com a gerente do Serpro que atende o Ministério da Fazenda, Kamila Duarte, o sistema já recepcionou aproximadamente 500 mil arquivos de apostas esportivas, 330 mil de jogos online, 600 mil de carteira e 260 mil apostadores, totalizando 1,69 milhão de arquivos na base. “Isso representa uma média de 500 milhões de registros diários (cada arquivo possui até 7 mil registros), com 77 operadoras autorizadas e 174 marcas operando neste setor”, destaca.
Como o volume de arquivos enviado pelas operadoras é muito alto, o sistema precisa garantir a disponibilidade do serviço. A empresa tem feito estudos diários e análise para oferecer maior fluidez no envio dos dados pelos operadores, que ainda estão na fase de adaptação dos seus ambientes e melhor entendimento sobre os dados desejados pela SPA.
Durante dois dias, em 1º e 2 de abril, as equipes do Serpro e da SPA discutiram as prioridades para evolução do Sigap, com foco nos seguintes temas: desenvolvimento do módulo de fiscalização; autoexcluídos e impedidos de realizar apostas, além de focar na melhoria contínua da infraestrutura para suportar o crescente volume de dados. A gerente de atendimento da solução no Serpro, Grasiele Martins, ressalta que essas ações vão garantir que o Sigap continue evoluindo como um pilar estratégico para a regulação do setor de apostas no país.
Desenvolvido pelo Serpro para a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), do Ministério da Fazenda (MF), a solução está sendo implantada em etapas. Em março de 2024 foi lançada a primeira etapa, o Módulo de Autorização, que regula a entrada de novos agentes no mercado. Em janeiro de 2025, foram disponibilizados dois módulos: o de recepção de arquivos, pelo qual as operadoras autorizadas pela SPA deverão enviar diariamente dados detalhados sobre suas atividades; e o de consultas gerenciais, que possibilita à o acompanhamento e fiscalização dos dados pela secretaria.
De acordo com o subsecretário de Monitoramento e Fiscalização da SPA, Fabio Macorin, a solução tem relevância estratégica para o processo de regulação e fiscalização do mercado de apostas. “O Sigap foi desenvolvido para garantir a segurança e integridade dos dados, apoiando a SPA no monitoramento do setor. É um ecossistema robusto que continuará evoluindo para fortalecer a governança e a transparência no mercado de jogos no Brasil”, defende.
Para Vladimir Reis Joaquim Lopes, coordenador-geral de Tecnologia da Informação (CGTI) do MF, o contato direto com o Serpro tem sido importante pelo foco no planejamento, para que as instituições pontuassem onde estão e onde querem chegar em relação ao Sigap. “A definição clara dos módulos, das principais funcionalidades e integrações são as visões que precisamos ter, inclusive de inclusão com outros órgãos. Essa visão clara do sistema, nos dará uma estimativa da sua dimensão funcional e tratar os seus custos”, explica.
Por sua vez a subsecretária de Autorização de Apostas, Daniela Olímpio de Oliveira, entende que o mapeamento das funcionalidades do Sigap permite ao órgão estar preparado para a prospecção de revisões e ajustes e para que a solução se torne cada vez mais eficaz para o governo federal e o país. “As equipes do ministério e do Serpro estão sempre atentas para atender às demandas e aperfeiçoar esse sistema”, registra.
*Fonte da informação: Assessoria de Imprensa do Serpro.