Por Marcelo Simões* – Bastam alguns cliques em páginas de notícias tributárias para diagnosticar que o momento é de grandes mudanças para o setor. Algumas iminentes, sem dúvidas, outras factuais, que já provocam efeitos das mais variadas naturezas para a rotina de empresas brasileiras.
Se adotarmos uma visão macro quanto ao tema, é possível afirmar que as discussões sobre a votação e aprovação dos pacotes que carregam a Reforma Tributária parecem caminhar em um ritmo acelerado em Brasília. Enquanto o Governo Federal, sob a figura do Ministério da Fazenda, promete antecipar o envio da nova âncora fiscal para março.
Outros acontecimentos também fomentam a complexidade do assunto, a exemplo da majoração generalizada das alíquotas de ICMS, compartilhada entre diversos estados, e o fim dos CFOPs (Códigos Fiscais de Operações e de Prestações de Mercadorias e Serviços).
Fato é que se manter em um estado de mudança contínua é um modus operandi comum para quem conhece e trabalha com o ambiente fiscal do Brasil. Para contribuintes com pouca ou praticamente nenhuma intimidade com o tópico, é esperado que dificuldades apareçam, o que não significa, entretanto, uma impossibilidade de se movimentar em prol de soluções adequadas.
Mais do que nunca, a hora é de priorizar a busca por um antídoto capaz de antecipar entraves e garantir, com excelência, um departamento tributário preparado para absorver alterações constantes. Do ponto de vista de muitos especialistas na área — ao qual compartilho com veemência –, a digitalização é parte crucial de movimentações alinhadas com esse propósito.
Tecnologia reformula gestão fiscal em todas as frentes
Transformar a maneira como organizações, de diferentes portes e segmentos, se relacionam com informações tributárias, é uma premissa que justifica o trunfo por trás da inovação e sua aplicabilidade no setor. Sistemas manuais, além de proporcionarem uma rotina morosa e de baixa eficiência operacional, colocam o negócio à deriva de inconsistências jurídicas, potencializadas, ainda, por uma legislação amplamente mutável, como enfatizado no início do artigo.
Sem controle, não há conformidade. Administrativamente falando, a tecnologia, por meio de softwares especializados, garante que cada etapa relacionada ao cumprimento de obrigações fiscais permaneça em sintonia legal com todos os parâmetros vigentes, deixando um passado de incertezas para trás.
Com os dados manuseados e armazenados em uma plataforma confiável, seguindo, à risca, princípios de Compliance e segurança jurídica, a complexidade fiscal será apenas mais um empecilho a ser superado, sem que o corpo de trabalho tenha que desviar seus esforços do core business da empresa. Afinal, toda a atividade tributária ficará a cargo da tecnologia.
Para concluir, é unânime a parcela de importância do fator tecnológico em termos de gestão e planejamento corporativo. Na esfera tributária, o cenário se potencializa. O segredo, talvez, esteja em contar com o aporte de um projeto de digital tax que atenda às demandas de forma personalizada e estritamente próxima à realidade, direcionando as melhores e mais vantajosas resoluções para o contribuinte.
*Marcelo Simões é Diretor de Operações e Cofundador da Comtax, empresa especializada na área fiscal. Graduado em Economia pela Universidade Estadual de Londrina, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV.