
Em nota oficial, as duas entidades e a Fenadados se manifestaram após o anúncio das 92 demissões ocorridas hoje (17) na Dataprev com uma série de críticas, inclusive em relação aos rumos políticos que o governo vem tomando.
“Sorrateira, a direção da empresa deixou para a véspera de um feriado santo e prolongado o aviso da demissão, seguindo à risca o modelo neoliberal de demitir quando a população está entretida com os preparativos do final de semana, ou seja, na crença de que sua atitude traiçoeira não seja comentada e a revolta geral seja diluída. É o famoso, pão, circo e porrada”, critica o Sindicato dos Trabalhadores no Rio de Janeiro.
Há ainda uma queixa de que a direção da empresa somente informou ao sindicato (que tem o maior número de trabalhadores demitidos, no Rio de Janeiro) além da Fenadados, “minutos antes que essas acontecessem, numa manobra claramente maquiavélica da empresa para que não haja tempo de resposta rápida”.
“A atitude da direção da empresa vai na contramão dos esforços da sociedade e do Governo de enfrentamento do desemprego, de recuperação da renda e da efetividade das políticas sociais públicas em favor dos cidadãos em situação de vulnerabilidade social e econômica que os trabalhadores da Dataprev tanto se empenham e se orgulham da entrega de resultados, como demonstrado reiteradamente nas diversas pesquisas de clima organizacional”, reagiu a Associação Nacional dos Empregados da Dataprev (ANED).
O impacto político da decisão foi sentida na Esplanada dos Ministérios e até mesmo no Palácio do Planalto, já que as bases sindicais fizeram questão de espalhar a noticia com críticas a adoção de uma política que contraria os princípios pelos quais foram motivos para a criação do Partido dos Trabalhadores.
“É inadmissível que isso tudo aconteça numa empresa pública, durante um governo federal eleito pelos trabalhadores e trabalhadoras para que o povo tenha mais dignidade e justiça social. Não é possível acreditar que um governo chefiado por um trabalhador, ex-sindicalista, comprometido com a classe trabalhadora, permita que esse tipo de política de gestão que hoje está instalada na Dataprev faça vítimas com demissões imotivadas”, reagiu o SINDPD-RJ.
“A atitude da direção da empresa vai na contramão dos esforços da sociedade e do Governo de enfrentamento do desemprego, de recuperação da renda e da efetividade das políticas sociais públicas em favor dos cidadãos em situação de vulnerabilidade social e econômica que os trabalhadores da Dataprev tanto se empenham e se orgulham da entrega de resultados, como demonstrado reiteradamente nas diversas pesquisas de clima organizacional”, afirmou a ANED em sua nota oficial..
Os desdobramentos jurídicos dessa demissão de 92 trabalhadores da Dataprev somente serão conhecidos após o feriadão da Páscoa.