Acreditem se quiser, mas ontem (17) saiu uma reportagem sobre um processo de compra que será feita pela Dataprev, com informações “fornecidas” por um ex-diretor, que deixou a empresa há quase um ano e meio.
O site Cointelegraph Brasil publicou uma reportagem sobre a decisão da Dataprev de abrir uma consulta pública – primeiro passo para a compra – que visa a contratação “de Suporte Técnico para tecnologia Blockchain Ethereum pelo período de 24 (vinte e quatro) meses, incluindo 240 (duzentas e quarenta) horas de prestação de serviço de Orientação Técnica a ser utilizada sob demanda”.
O site supõe que a estatal pretenda usar a tecnologia para iniciar a fase 2 do projeto bCPF, embora a estatal não tenha fornecido informações ao veículo jornalístico sobre o que deseja fazer com o Ethereum.
Não forneceu em tese, pois o site “citou” a Dataprev.
Só que a Dataprev de 2018.
O site simplesmente usou uma declaração dada pelo então diretor de Tecnologia e Operações, Matheus Belin, que ele provavelmente concedeu a algum veículo de imprensa ou à assessoria de imprensa da Dataprev, quando ocupava a diretoria da estatal em 2018.
Belin deixou a Dataprev no início do Governo Bolsonaro há quase um ano e meio, mas acabou virando “fonte” de uma entrevista que, tecnicamente falando, não concedeu a esse site.
E o mais engraçado em toda essa confusão é a ilustração da reportagem, pois a figura estampada:
Lembra muito o tipo físico do ex-diretor Matheus Belin (hahahaha).
A atual diretoria da Dataprev quase teve uma ‘síncope’ ao ver uma reportagem falando de um projeto que está a caminho, mas com informações prestadas por um ex-diretor, de quem não morrem de amores. Segundo as “más línguas” da estatal, o atual diretor de Desenvolvimento, André Corte, teria dado um chilique ao ler a reportagem.
Calma André, continue fazendo aquilo que você sabe fazer: puxar o saco de Paulo Guedes no Twitter.
*Não tente falar sobre tecnologia, porque a gente sabe que isso não é o teu forte.