Ontem fui surpreendido com uma transmissão ao vivo no Facebook, de um jantar que o ministro astronauta Marcos Pontes estava participando, juntamente com seu “vice-ministro” Julio Semeghini, por ocasião do “Encontro e lançamento de Brasília rumo a Cidade Inteligente”.
Fiquei de queixo caído com o nível de puxa-saquismo do tal secretário de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, Gilvan Máximo, para com o ministro. Querendo demonstrar uma intimidade que não tem, chegou a causar um certo constrangimento quando tratou a autoridade como “esse cara que aprendemos a amá-lo, que o Brasil aprendeu a amá-lo”.
Ainda no seu discurso de saudação a Marcos Pontes, o secretário Gilvan Máximo ressaltou como qualidade para o Brasil inteiro “amar o ministro”, o fato dele ter trabalhado na Nasa. Não satisfeito, ainda partiu para o assédio, coisa que nem um lobista experiente ousaria fazer:
“Eu disse a ele que nós vamos cuidar muito bem dele aqui. Comer uma galinha caipira, andar de lancha no lago com ele, para ele conhecer Brasília”.
*Julio Semeghini, que nunca foi chegado à esse tipo de bajulação e promiscuidade entre o público e o privado, não sabia onde enfiar a cara.