Recebi a seguinte informação. O futuro Chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, vem procurando todos os ministros que vão entrar para o próximo governo e pedindo para que ninguém se comprometa com nomes para ocupar cargos de segundo e terceiro escalões. A regra vale também para estatais e bancos oficiais.
A turma até pode receber as listinhas e currículos. Porém não pode fechar indicações agora.
Palocci está seguindo uma velha cartilha adotada por José Dirceu quando começou o Governo Lula.
Esses cargos servirão para contentar os insatisfeitos ou consolidar candidaturas no Congresso Nacional, quando forem definidos nomes para os cargos de mesa diretora, comissões, etc. O governo quer montar sua base de sustentação política por meio de nomeações de apadrinhados. Desta forma evita começar a gestão sem um sólido apoio político.
Isso de chama “varejo político”, a forma como o governo contém eventuais rebeliões de insatisfeitos e impõe os nomes que deseja para o comando no Parlamento.
Sendo assim, ninguém que esteja hoje no Governo Lula pode se considerar “garantido” no Governo Dilma Rousseff, a não ser os ministros que oficialmente estão sendo anunciados por ela.
Se isso vai parar a especulação política que corre à solta em Brasília não sei. Mas fica evidenciado que está rolando neste momento muito “balão de ensaio”, sobre nomes que já são considerados “sacramentados” para o próximo governo.
Creio que somente em fevereiro, quando o Congresso retornar às atividades e definir a composição do comando da casa, poderemos considerar os nomes que realmente estarão com o “pé” no Governo Dilma.
* Quer saber do que mais? Vou sair de férias em janeiro e só volto quando as melancias já estiverem acomodadas no caminhão.