A Federal Communications Commission (FCC), que atua como regulador no setor de Telecomunicações norte-americano e no Brasil seria como a Anatel, negou o acesso da SpaceX, de Elon Musk, a um pedido subsídio da ordem de U$ 1 bilhão, para executar um projeto de banda larga em regiões rurais dos Estados Unidos. Também foi negado pedido da empresa LTD Broadband.
A SpaceX ganhou US$ 885,5 milhões num leilão de US$ 9,2 bilhões que a FCC realizou em dezembro de 2020, recursos que servirão para subsidiar iniciativas de inclusão digital, através do “Fundo de Oportunidades Digitais Rurais”. A empresa ganhou o financiamento para fornecer um serviço de internet via satélite, que deveria ser feito pela Starlink, outra empresa de Musk, para garantir conectividade a quase 650 mil localidades rurais em 35 estados.
Mas a FCC negou hoje (10) o pedido de Musk, sob alegação de que a empresa não conseguiu demonstrar ao regulador a viabilidade dos provedores de Internet de cumprirem o projeto. “Devemos colocar os escassos dólares do serviço universal em seu melhor uso possível à medida que avançamos para um futuro digital que exige redes cada vez mais poderosas e rápidas. Não podemos subsidiar empreendimentos que não estão entregando as velocidades prometidas ou que provavelmente não atenderão aos requisitos do programa”, disse a presidente da FCC, Jessica Rosenworcel, em comunicado à imprensa. O mesmo caso aconteceu com a LTD Broadband.
A presidente da FCC apesar de comunicar a decisão de negar o dinheiro, considera que “a tecnologia da SpaceX é promissora”, mas a Starlink ainda está em desenvolvimento”. De qualquer forma a Starlink não está completamente prejudicada com a FCC. A empresa já recebeu um aporte para fornecer serviço de internet móvel para barcos, aviões e caminhões.
E no Brasil?
Aqui no Brasil, desde o cineminha patrocinado pelo ministro do Twitter, agora do Metaverso e nas horas vagas, das Comunicações, Fabio Faria, que trouxe Elon Musk para um encontro com o presidente Jair Bolsonaro, nenhuma nova informação saiu do MCOM sobre um suposto acordo com a Starlink para oferta de banda larga via satélite na região amazônica.
Falou-se em “doação” de pontos de Internet pela Starlink, mas até o momento nenhum acordo foi anunciado oficialmente pelo ministério, para justificar a informação dada por Faria e o próprio Musk no Twitter, de que 19 mil escolas da região amazônica seriam conectadas à Internet. Além da empresa americana fornecer serviços de satélite para monitoramento da floresta amazônica, que já são executados pelo INPE.