Por Igor Valoto* – A segurança virtual foi pauta recorrente de muitas empresas durante o último ano. Desde a chegada da pandemia, o modelo de trabalho remoto foi implementado pela maior parte das companhias e com a nova dinâmica vieram os desafios de criar-se um ambiente protegido e estável para seus colaboradores.
Segundo o estudo ‘Impulsionando o Desempenho da Cibersegurança’, conduzido pela empresa de pesquisa inovadora ESI ThoughtLab, dos Estados Unidos, os líderes de segurança no Brasil têm investido fortemente em proteção de dados, indo de encontro às novas determinações da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). A pesquisa aponta que para cada um dólar investido em alguma ação ou solução sobre segurança virtual, a empresa tem um retorno de quase dois dólares em benefícios.
O certo é que a cibersegurança garante a continuidade dos negócios. Por exemplo, se uma rede de restaurante tem seu aplicativo de delivery atacado por uma ameaça digital no período do almoço, o impacto é enorme para a empresa e para todos que utilizam ou pretendiam usar o aplicativo naquele momento. Isso reflete como o medo é o fator principal que move as empresas a aderirem às normas de proteção, seja dos ataques ou das penalidades que podem sofrer.
Neste cenário, as organizações enfrentam cinco principais obstáculos ao tratar da cibersegurança: trabalho remoto, transformação digital, a falta de profissionais capacitados, o avanço da infraestrutura e, claro, a privacidade dos dados.
Como garantir a segurança virtual em tempos de trabalho remoto?
Para garantir a segurança virtual, é imperativo compreender a cultura organizacional das empresas para então tomar as decisões voltadas à tecnologia. Em paralelo, existe a discussão sobre a segurança da informação. O ponto é: quais são os dispositivos que os usuários utilizam para acessar os dados? Onde estão essas informações?
Reduzir os riscos na origem, no meio e no destino é imprescindível para ter o mínimo de impacto e exposição possível. Além disso, é necessário implementar controles específicos para o canal de comunicação, desde onde o dado está até o usuário que acessa. Com esse cenário, temos diversas práticas para cada um desses canais e superfícies de ataque.
A escolha adequada de softwares influencia diretamente na questão da cibersegurança, uma vez que recursos tecnológicos não licenciados possuem grande chance de estarem comprometidos e podem corromper todos os dados do dispositivo.
Por meio de programas de conscientização e cultura de segurança da informação, as organizações conseguem instigar mais profissionais em cargos de liderança a olharem para a temática da segurança virtual. Assim, ela deixa de ser apenas um protocolo e torna-se uma facilitadora, cada vez mais automatizada e moderna, acompanhando o dia a dia e monitorando todos os indícios. Mais do que uma tendência, a cibersegurança é uma necessidade eminente para que as empresas otimizem a tomada de decisão e aprimorem a operação em um mercado cada vez mais competitivo.
*Igor Valoto é Especialista em Segurança Cibernética da SoftwareONE, provedora global de soluções de ponta-a-ponta para softwares e tecnologia de nuvem.