Denúncia furada de aluguel do Serpro na coluna de Claudio Humberto

Saiu hoje no “Diario do Poder“, do jornalista Claudio Humberto, uma denúncia de que o Serpro está alugando um prédio no Rio de Janeiro para acomodar os seus funcionários, o que é estranho já que eles estão em home office. A denúncia parece barriga, pois este blog desconhece essa estratégia da empresa.

A coluna do jornalista alega que não obteve informações sobre o valor do aluguel e nem explicações do motivo para a estatal estar alugando novo prédio, se conta com duas unidades na capital carioca. De fato, o Serpro tem duas unidades e a que deveria abrigar os funcionários, se a maioria não estivesse trabalhando em casa, fica no Horto, conforme foto da fachada.

Já a outra unidade da estatal fica no Andarai e estaria desativada. Um prejuízo, pois em 2011 a unidade passou por uma ampla e questionável reforma, já que os funcionários eram contra ter de trabalhar lá, numa área de risco sujeita a tiroteios. A diretoria da estatal está avaliando a venda dessa unidade, que hoje não passa de um abacaxi nas contas da empresa.

A coluna de Clauduio Humberto também informa que o deputado federal  Luciano Vieira (Rep-RJ) pediu explicações ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já que a estatal se negou a dar informações sobre o valor do aluguel, por exemplo. “Vieira ainda cobrou os contratos e os respectivos valores, já que o Serpro as esconde, disponibilizando apenas informações gerais”, explicou o jornalista em sua coluna.

Não dar informações completas, mesmo que sejam solicitadas pela Lei de Acesso à Informação, já virou norma no Serpro. Que sempre alega “sigilo comercial” para não explicar, por exemplo, os contratos que faz com multinacionais de nuvem e empresas que atuam prestando desenvolvimento de aplicações, que depois a estatal alega terem sido desenvolvidas por ela.

Mas a notícia, que chegou a pegar de surpresa até os sindicatos e a Fenadados, é furada. Minhas fontes garantem: não há nenhum aluguel de prédio no RJ. Apenas foi alugada uma salinha para servir de “nó de rede”, que saiu em torno de R$ 3 mil.

https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/marina-culpava-governo-pelo-fogo-agora-e-o-clima#SubAbre