Se o Tribunal de Contas da União quer agora investigar à fundo a migração para a nuvem da Amazon Web Services (AWS), da base de dados “BRCidadão – que alimenta a plataforma Gov.br” – que comece apurando sobre como dados da Previdência foram parar no Serpro. Este blog denunciou na época uma irregularidade, mas nenhum organismo de controle se interessou pelo tema.
A Dataprev cedeu, de graça, sua plataforma “Cidadão.br”, que é a base de dados do INSS, para o Serpro, sem sequer ter um contrato prévio, um convênio ou coisa similar. Ao receber o conjunto de dados, o Serpro deu uma “guaribada” neles e passou a chamá-lo de “BRCidadão”. Agora vai internar tudo na Amazon, sem nenhuma informação clara sobre a proteção dos dados contidos nessa base, que são informações do cidadão brasileiro. Mas uma rapinagem diante de todas que vem ocorrendo.
Na época da discussão sobre o repasse desses dados ao Serpro, a diretoria de Tecnologia da Dataprev fez constar em Ata que era contra o acordo. Por entender que haveria prejuízos financeiros para a empresa que faz o processamento de dados da Previdência.
O diretor Matheus Belin, que estava no cargo de confiança desde o Governo Temer, antes de ser demitido pela então presidente Christiane Edington, questionou o repasse da base de dados e a presença de um diretor fantasma tomando essas decisões pela Dataprev.
A queixa feita pelo diretor nunca foi inserida e exposta oficialmente na Ata. Simplesmente o adendo feito pelo então diretor Matheus Belin foi jogado para debaixo do tapete. A regra era passar imediatamente os dados, sem acordo convênio ou coisa similar, para garantir ao governo o discurso de que disparava o número de acessos ao Gov.br, como um sucesso no projeto de transformação digital da SGD – Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia.
- Leiam como começou essa irregularidade no link abaixo (clique no titulo).