No final de maio e começo de junho, os Estados Unidos tornou-se palco de um movimento contra a violência policial e o racismo, desencadeado pela morte do norte-americano George Floyd. Com esse episódio o movimento nas redes sociais denominado #blacklivesmatter foi aderido por vários outros países, inclusive o Brasil, impulsionado pela morte do pequeno Miguel, de cinco anos, em Recife.
Protestos antirracistas e antifascistas se espalharam pelas ruas e redes sociais, e o assunto se tornou bastante discutido. Pensando nisso, a SEMrush , especializada em marketing digital, fez um levantamento sobre o quanto esses termos e assuntos são pesquisados na internet antes e depois do ocorrido.
O termo fascismo, por exemplo, cresceu 233% entre abril e maio, de 165 mil para 550 mil buscas. A taxa de aumento foi a mesma para a pergunta “o que é fascismo” no período, que foi de 27,1 mil para 90,5 mil. O antifa, antes pouco conhecido e pesquisado, apenas 7,3 mil vezes na média mensal dos últimos 12 meses, teve 165 mil buscas em maio, evolução de impressionantes 2160%.
Já racismo teve um aumento de 82%, (de 74 mil para 135 mil) entre abril e maio. Este assunto foi bastante comentado nos últimos 12 meses, com média de 100 mil pesquisas. Além disso, o maior pico no período foi em novembro de 2019, mês da consciência negra, quando a palavra foi procurada 246 mil vezes. A pergunta “o que é racismo” teve um aumento mais tímido, mas ainda relevante, de 21%.
Xenofobia passou por um processo inesperado, tendo uma queda nas pesquisas entre janeiro e março de 2020, meses nos quais o coronavírus ainda estava com focos na China e Europa. De 135 mil procuras por mês, o período teve 74, 60 e 110 mil buscas, respectivamente, antes de voltar à média. Esse intervalo foi marcado por denúncias de racismo e xenofobia com cidadãos asiáticos nos países europeus por conta da doença. Depois de março, porém, a pergunta “o que é xenofobia” passou a ser mais procurada, chegando a ter 123% mais buscas em maio.
Machismo e violência contra a mulher
Março foi marcado como o mês da mulher e também o início da quarentena. Na época, muitas notícias sobre o aumento da violência doméstica foram publicadas e o assunto teve bastante repercussão. Não à toa, as pesquisas pela palavra machismo passou da média de 44 mil desde maio do ano passado até janeiro deste ano, para 74 mil em fevereiro e 90,5 mil em março. Feminicídio passou de 22 mil procuras em fevereiro para 49,5 mil no mês seguinte. Porém, abril já mostra a queda de volta à média normal, com 60 mil e 18 mil buscas pelos termos, respectivamente.
Já o termo violência doméstica teve um crescimento de 82% entre fevereiro e março (27,1 a 49,5 mil). Diferente dos anteriores, abril manteve as 40 mil pesquisas e maio atingiu 60,5 mil .
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Fonte: Assessoria de Imprensa da SEMrush.