Conselho habilita a profissão de “Bioinformata” na área de Bioinformática

O Conselho Federal de Biomedicina publicou hoje (12) a Resolução nº 346, de 4 de abril, na qual atualizou e habilitou uma nova carreira na área “Informática da Saúde”, até então considerada como “área multidisciplinar da Biotecnologia: a “Bioinformática”. E o profissional que atuar nesse ramo em Ciência da Computação será chamado de “Bioinformata”.

Na realidade tanto a “Bioinformática” quanto o “Bioinformata” já existiam na área acadêmica, depois que muitos profissionais participaram de cursos de graduação e pós-graduação em Faculdades e Universidades públicas e privadas buscando especialização nessa atividade. Em rápida pesquisa constata-se que várias instituições de ensino já oferecem cursos nessa área. Mas faltava o reconhecimento e a habilitação do Conselho Federal de Biomedicina, fato que ocorre agora.

Esse “novo” profissional passa a ser habilitado para atuar em empresas públicas ou privadas, realizando pesquisas científicas e industriais e “desenvolvendo ferramentas computacionais, capazes de estabelecerem padrões que auxiliem na resolução de problemas biológicos através de análises in sílico” (que seria analisar dados pelo computador ou fazer alguma simulação computacional, sem que a pesquisa envolva o uso de animais ou outras matrizes biológicas).

O Bioinformata está habilitado a trabalhar nas seguintes atividades:

  • Anotação Funcional.
  • Análise e Montagem de Genomas.
  • Triagem Virtual de fármacos.
  • Desenho de proteínas sintéticas.
  • Desenho de fármacos (Drug Design).
  • Análise metabolômica e proteômica in sílico.
  • Análise genômica e transcriptômica in sílico.
  • Desenvolvimento de programas de bioinformática.
  • Modelagem Molecular de proteínas tridimensionais.
  • Análise de interação proteína-proteína ou proteína-ligante.
  • Análise filogenética utilizando ferramentas computacionais.
  • Análise do sequenciamento genômico e avaliação de variantes de interesse clínico.
  • Desenvolvimento de pipelines de análise Genômica com enfoque em variantes genéticas.
  • Processamento de dados brutos, criação e gerenciamento de biobancos com dados resultantes das análises in vivo, in sílico ou in vitro.
  • Criação de algoritmos da área da inteligência artificial (aprendizagem de máquinas).

Embora a carreira esteja sendo regulamentada agora, o Brasil já dispõe de uma grande relação de laboratórios de Bioinformática e “Bioinformatas” exercendo atividades, segundo pesquisa feita pelo Blog junto a WikipédiA:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_laborat%C3%B3rios_de_bioinform%C3%A1tica_do_Brasil

*Confesso minha total ignorância no tema e peço desculpas por qualquer erro de informação. Que poderá ser sanado bastando me procurar para a correção (Olhem no Expediente do Blog os meus contatos).

(Imagem extraída do Blog da Unicamp)