Como navegar em um mar de conteúdos audiovisuais sem afundar

Por Rodolfo Gomes* –O poder dos vídeos é cada vez mais evidente, e a pandemia veio para acelerar essa tendência. Segundo dados do Kantar Ibope Media, a audiência vem aumentando dia após dia, e durante a pandemia houve aumento no consumo de streaming de vídeo pago ou gratuito para 73% dos usuários de internet no país. Ainda de acordo com o estudo, 56% dos brasileiros acreditam que a crise os ajudou a adotar melhor a tecnologia no dia a dia.

Os vídeos chegaram para ficar. Despertam todas as percepções humanas como audição, visão e sinestesia – o que contribui com a conexão com todo tipo de público-alvo. Agora, a grande questão é: como navegar sem afundar neste mar de conteúdo, ainda mais durante uma pandemia, em que há uma maior necessidade de estabelecer um contato próximo com o consumidor, tendo em mãos apenas recursos virtuais?

A verdade é que não basta que o seu vídeo chegue ao público final. Para que essa ferramenta realmente alcance o objetivo de engajar os consumidores com a marca, é necessário que o conteúdo seja entregue, aberto e acompanhado até o fim. E é bem aqui que as empresas se perdem: na captação da atenção total do consumidor. O segredo para solucionar esse desafio está na experiência e interação, tanto nas redes sociais como nas plataformas de streaming. 

Antes, o Instagram permitia o compartilhamento de vídeos e imagens. Agora, é possível criar interações como enquetes, testes, challenges e contagens regressivas nos stories. Em 2017, a Netflix apostou no lançamento de uma versão interativa do Gato de Botas, na plataforma infantil. Devido ao sucesso, estreou em sua plataforma adulta um filme da série de sucesso “Black Mirror”, no qual os telespectadores podiam decidir o direcionamento da narrativa. Bingo! As pessoas se atraem por aquilo que conseguem interagir. E hoje, já são mais de 20 títulos, com muito mais previstos.

Em formato tradicional, o vídeo é linear, impõe uma duração, e exige que o espectador o assista como ele é. Apenas segue a ordem cronológica de início, meio e fim, enquanto o papel do usuário é o de apenas assistir a essa sequência.

Os vídeos interativos chegaram para quebrar essa dinâmica. Quando você permite que o espectador decida qual caminho deseja seguir na narrativa, nasce um protagonista. O processo de acompanhar uma história fica mais dinâmico. Uma verdadeira via de mão dupla. 

Através dos vídeos interativos é possível criar muito mais engajamento com o seu público-alvo, fazer perguntas através de formulários dinâmicos, iniciar discussões, além de criar diferentes caminhos para que o espectador possa controlar e personalizar o conteúdo que vê, através de áreas clicáveis e botões, que podem levar o espectador à uma página da web ou revelar um conteúdo específico diretamente no vídeo. 

Além da flexibilidade na interação, outro benefício desse formato está na possibilidade de conhecer melhor a sua audiência. Por muito tempo, a única maneira de acompanhar o sucesso de um vídeo era a taxa de visualização. Este é um problema para muitas pessoas que têm dificuldade medir os resultados dos seus vídeos. Os vídeos interativos permitem rastrear indicadores com mais eficiência. Através dos dados obtidos em cada interação você tem à sua disposição insights aprofundados sobre o seu espectador, permitindo que você aprenda sobre suas preferências e necessidades: número de cliques, caminhos percorridos, dados coletados através dos formulários e muito mais. Tudo registrado em tempo real em uma poderosa plataforma de analytics, que gera informações relevantes para uso em suas futuras estratégias de marketing. 

Já está mais do que na hora de você adequar sua estratégia à essa evolução tecnológica, que entrega uma experiência totalmente personalizada, permitindo que o espectador faça parte da história, de forma envolvente e divertida. 

*Rodolfo Gomes é cofundador da PPT Go, scale up com foco em apresentações de alto impacto e vídeos interativos.