Coluna da segunda

Não temos novas informações sobre mudanças no Serpro e da Dataprev. Mas quando o PT assumir o governo com certeza teremos, portanto fiquem atentos. Por enquanto continuamos no mais do mesmo: Alexandre Amorim, o novo “voto de confiança” dos funcionários, trama calado. E Rodrigo Assumpção ainda não tomou posse na Dataprev, o que ocorrerá na primeira semana de abril.

*Tenham fé, se não descobrirem antes que as estatais funcionam melhor sem diretores ou no caso do Serpro, com bolsonaristas, os nomes serão anunciados em breve.

*Sabe-se lá para quê.

Só para constar

Lula, o criador, prometeu reativar a fábrica de semicondutores da Ceitec. Sérgio Rezende, ex-ministro de Ciência e Tecnologia, também. Augusto Gadelha Vieira foi nomeado liquidante da Ceitec, para “desliquidar”. E até agora, nada. Criaram um “Grupo de Trabalho” que já deveria ter sido criado desde janeiro deste ano. Eu espero estar errado, mas a possibilidade deste governo confrontar a poderosa ABISEMI, que reúne os “desenhadores de chips” e parceiros de fabricantes multinacionais da Ásia é = zero.

*Este país está condenado a produzir boi, vaca e soja e continuar a ser linha auxiliar de alguém.

Aparelhamento no CGI.br

Surgiu no fim de semana rumores que a Coordenação do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) deverá ser trocada pela ministra Luciana Santos, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. O nome da jornalista Renata Mielli, até então coordenadora do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e integrante da Coalizão Direitos da Rede seria a candidata ao cargo.

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Parte já se pode dizer que é verdade, uma vez que hoje saiu a nomeação de Renata Mielli para o cargo de “Assistente”, vinculada ao Gabinete da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital”, que até agora ainda não tem secretário. Falta agora a designação dela para o Comitê, cargo que na maioria das vezes foi ocupado por um técnico nativo do ministério. Se bem que já houve casos de gente de fora do governo assumir a função.

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O interessante é como as ONGs estão se apoderando deste governo. Na SECOM está cheio de intelectuais ávidos para regular a Internet no Brasil. Aliás, será que com ela já se pode dizer bye bye Marco Civil da Internet?

Batalha na Comissão

A Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados se reúne no dia 29 para debater mais três requerimentos, somados aos seis que já circulam por lá. A deputada do PT, Carol Dartora (foto), única integrante do partido na comissão e marinheira de primeira viagem na Câmara, quer inserir mais nomes no requerimento nº 1/2023, do deputado Gustavo Gayer (PL-GO), que visa discutir a “institucionalização da censura no Brasil”, conforme requerimento da deputada petista. Ela quer inserir as ONGS Coalizão Direitos na Rede; Instituto Vero; Artigo 19 no debate. Com maioria bolsonarista, esta comissão tem tudo até para negar a presença desses convidados. Vamos ver.

5G

O deputado Silas Câmara (Republicanos-AM) está requerendo a presença do presidente da Anatel, Carlos Baigorri (foto), para audiência pública, na qual a autoridade deverá falar sobre os planos da agência de instalação do 5G no Brasil e da destinação dos recursos auferidos com o leilão não arrecadatório, que na época da venda das frequências foi estimado em R$ 40 bilhões.

A voz dos brasileiros

O empresário Jeovani Salomão, presidente do Conselho do AYO Group, da Memora Processos Inovadores e membro do conselho na ORAEX Cloud Consulting, será a voz do setor de software brasileiro no Conselho do Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Presidência da República. Será a voz das pequenas e médias empresas e startups de software no conselho, que nas versões anteriores, antes de Bolsonaro acabar com o “Conselhão”, era formado basicamente por grandes empresas. “A realidade do nosso país, que é típica da gente são as empresas com os sócios e meia dúzia de gente lutando diariamente no setor”, disse Jeovani.

Equilíbrio no setor

Para Jeovani Salomão o Governo Lula precisa pensar numa política pública voltada para os pequenos. “Até agora o que tem sido feito somente as corporações podem usufruir”, lamentou. Sendo assim, a política de compras governamentais como estímulo ao desenvolvimento será um dos focos de Jeovani no “Conselhão”. Segundo ele, será preciso o Brasil equilibrar os investimentos em desenvolvimento de software para reduzir a dependência de importações de soluções acabadas no exterior. Essa será uma das suas principais bandeiras de luta no organismo.

Barganha na Finep

Falta o anúncio oficial, mas corre no mercado e governo que Celso Pansera, o lobista do PT e dono do restaurante “Barganha” ( ou será que ele vendeu?), assumiu hoje pela manhã a presidência da Finep, junto com a sua turma de diretores. É aquele tipo de notícia que a gente dá sem questionar ou então grita: “Corram para as Montanhas”.

*Tem tudo para dar confusão e, se conheço governos, dará.