Venho notando a presença de uma certa empresa “EPP” em pregões cujo valor do serviço e o tamanho dele, na área de call center, seria um milagre se conseguisse dar conta do recado.
A mais recente atuação dessa EPP ocorreu num pregão da Telebrás. A pequena coelhinha, que tem como capital social apenas R$ 60 mil, deu um lance de R$ 2,1 milhões para prestar o serviço na estatal e ocupou a primeira colocação, na frente de alguns tubarões do mercado.
Aí….
Pregoeiro da Telebrás, que não é bobo, desclassificou a pequenina empresa, sob alegação de que ela não apresentou alguns certificados para comprovar sua experiência no mercado e capacidade para cumprir o serviço dentro de normas técnicas aceitáveis.
Não é que a pequena, se sentindo injustiçada recorreu, mas perdeu?
Hoje a Telebrás deu o assunto por encerrado e assinou o contrato com a Tellus S/A. Pelo valor de R$ 2,140 milhões.
Agora é que vem a parte curiosa da história.
A EPP seria a empresa “Mariana Van Erven Santos”. Para quem não se lembra da moça, ela trabalhava na área administrativa da Montana Soluções. E desde que saiu de lá vem se valendo de alguns certificados desta empresa para tentar ganhar contratos nos governos Federal e do Distrito Federal.
Quando o jogo é alto demais, Mariana não se faz de morta. Parte para pedidos de impugnações, move recursos contra resultados de pregões, sempre embaralhando o jogo em disputas milionárias, para as quais sua EPP não teria como prestar o serviço.
Está começando a deixar suspeitas no mercado de que vem atuando como “coelho de pregão”, cujo objetivo principal é ocupar a primeira colocação oferecendo preços por demais vantajosos para a administração pública, mas na hora da habilitação acaba dançando, o que sempre favorece o segundo colocado. Que às vezes aparece com preços bem acima. (Não foi o caso da Tellus, em questão, porém a EPP embolou o jogo deixando os concorrentes loucos.)
Já vem enfrentando processo na Operação Caixa de Pandora por conta de um emergencial suspeitíssimo assinado com o Detran-DF, em substituição aos emergenciais que já eram sistematicamente contratados junto à Call Tecnologia.
* Te cuida coelhinhaaaa…