Alguns pontos não estão claros na decisão do TCU sobre irregularidades no contrato entre a subsidiária ofídica do Banco do Brasil e o Banco da Amazônia.
O mais importante diz respeito à não punição de dirigentes da Cobra pelo suposto superfaturamento encontrado no contrato e nenhuma menção que diga respeito à uma séria investigação para se saber sobre onde o dinheiro foi parar.
Afinal de contas, o resultado do superfaturamento foi parar aonde?
1 – Nos cofres da Cobra?
2 – No bolso dos dirigentes dessa empresa?
3 – No bolso dos dirigentes do BASA?
4 – No bolso de empresas que foram subcontratadas?
A decisão do TCU neste caso é confusa. Se o dinheiro entrou nos cofres da Cobra, deve então ser repassado ao BNB. Em qualquer outra situação é corrupção.
Isso serve, inclusive, de alerta à direção da Cobra Tecnologia, para que não use esse argumento do prejuízo que a empresa terá no seu balanço financeiro, como forma de justificar a negativa de reajuste salarial, em fase de negociação, com o sindicato. Se usar esse argumento, terá de demonstrar a entrada do dinheiro em sua conta e no quê foi aplicado.
O relatório do TCU aponta que sim, que o dinheiro foi repassado à Cobra Tecnologia. Mas e se ele foi depois fruto de pagamento de subcontratações que fez de outras empresas de informática? Como comprovar que parte dele, a parte referente ao superfaturamento, não foi repassada para gente interessada na fraude?
* Com a palavra dirigentes do BASA, que agora serão punidos com multas severas e terão de se explicar no Ministério Público Federal do Pará e as diversas direções da Cobra Tecnologia que manusearam esse contrato.