Ontem, enquanto cobria o 58º Painel Telebrasil – evento que reúne todas as empresas de telefonia para se queixar da vida – recebi um telefonema em pleno horário de almoço, por sinal oferecido por eles. Vi logo que era de algum call center de operadora móvel, o que me fez pensar que aquele almoço não sairia totalmente “de graça”.
E não saiu.
Do outro lado da linha se apresenta uma “consultora de vendas” da @ClaroBrasil, que já abre a conversa me informando que, “para a minha segurança”, a conversa estaria sendo gravada.
Depois de 14 anos cobrindo este setor, aprendi que quando um call center lhe informa que a sua conversa será gravada, então está mais que na hora de você também disparar o seu gravador.
Foi o que eu fiz.
A “consultora”, entretanto, não sabia que também estava sendo gravada. Muito menos que a conversa dela acabara de ser acompanhada por uma mesa repleta de jornalistas especializados em cobertura de Tecnologia/Telecomunicações.
Que não por acaso, neste mesmo dia e hora estavam todos participando do 58º Painel da Telebrasil – evento em que também estavam presentes os presidentes de todas as empresas de telefonia, inclusive o presidente da Claro Brasil, Carlos Zenteno.
Segue a gravação da conversa com a “Consultora de Vendas da Claro”, que creio seja autoexplicativa o suficiente para entendermos o quanto as relações de consumo no Brasil ainda estão na idade da pedra: