A Febraban apresentou hoje (21) o terceiro volume da pesquisa de Tecnologia Bancária 2022, feita em parceria com a Deloitte, que ouviu 27 bancos ou 87% das instituições bancárias nacionais. E constatou que o brasileiro cada vez mais vem buscando os serviços bancários através do seu smartphone. Cerca de 70% ou sete em cada dez operações bancárias feitas no Brasil em 2021 (119,5 bilhões de transações no total) foram realizadas pelo celular ou nos serviços de internet banking. E a expectativa de crescimento das transações bancárias por meio digital para o próximo ano é ainda maior, com a possibilidade de entrar novas ferramentas que permitirão os usuários interagirem comercialmente com as empresas.
O desempenho do PIX constatado pela Febraban foi extraordinário, pois esse meio de pagamento cresceu 72% entre março de 2020 e março deste ano. O número de usuários que pagaram mais de 30 PIXs por mês apresentou um crescimento de 809% em apenas um ano. Já os usuários que receberam algum pagamento nessa modalidade cresceu 464%.
“O sucesso de adesão e do uso do Pix demonstra o interesse do brasileiro em interagir com a tecnologia. O meio de pagamento trouxe conveniência e facilidades para os clientes em suas transações financeiras do dia a dia e tem se mostrado uma poderosa ferramenta para impulsionar a bancarização no país”, avaliou Rodrigo Mulinari, diretor do Comitê de Inovação e Tecnologia da Febraban, que apresentou os números encontrados pela Deloitte.
Agências
O crescimento vertiginoso nas transações bancárias por meios digitais levarão os bancos a repensarem futuramente as suas estratégias com relação às agências físicas e outros serviços não digitalizados. De acordo com a pesquisa da Febraban/Deloitte somente 3% das transações bancárias foram feitas em agências. Em 2021 foram 3 bilhões de operações ante os 3,2 bilhões realizados em 2020. As operações em caixas eletrônicos (ATMs) caíram 11% e, nos correspondentes bancários, houve queda de 8%. Por outro lado, as transações com POS (maquininhas de cartões) cresceram 10%.
Isso demonstra que o futuro papel das agências deverá servir como canal físico apenas para a oferta de serviços dedicados como, consultoria para contratações de investimentos, crédito, seguros, previdência complementar ou para a renegociação de dívidas.
*Imagem capturada do site Poder360.
