O assunto está sendo tratado à portas fechadas pelo Diretor de Tecnologia Gustavo Fosse. Mas o Banco do Brasil está tentando encontrar alternativa para tirar o nome da instituição financeira do foco da Lava Jato.
Desde o ano passado o BB caiu em desgraça com o juiz Sérgio Moro, depois que a PBTI Soluções foi flagrada na Operação Lava Jato, por repassar dinheiro para uma empresa fantasma, que abasteceria a quadrilha que assaltou a Petrobras por meio de empreiteiras.
O escândalo feriu de morte o contrato de R$ 55 milhões que a PBTI Soluções tem desde 2012 com o banco oficial e que venceu no último dia 28 de março. Mas como tirar uma empresa que detém a exclusividade na venda do Control M – software da BMC Software, multinacional que atua na área de mainframes?
Não é fácil, são anos dessa solução embutida nos grandes computadores do BB. Mudar de plataforma até seria possível, mas imaginem o custo de implantação e manutenção, além da aporrinhação de migrar todos os bancos de dados para a nova solução?
A própria BMC Software está bastante incomodada com a situação. A multinacional teve sua imagem arranhada por tabela no exterior, desde que a Lava Jato descobriu a fraude. Segundo fontes do mercado, a empresa estuda três alternativas:
1 – a presença de um novo sócio no capital da PBTI Soluções,
2 – um novo dono na PBTI Soluções,
3 – uma nova empresa assume a revenda do Control-M e fecharia por inexigibilidade de licitação o contrato. Convém lembrar que há 60 meses esse contrato da PBTI foi fechado pela mesma modalidade de compra.
O que ela não quer é a presença da direção atual, que responde o processo, à frente da renegociação do contrato com o Banco do Brasil. Essas mesmas fontes também garantem que o Banco do Brasil, para renovar o contrato, foi quem impôs a presença de um novo revendedor.
*Mas foi só ela a envolvida?