Esse mundo é mesmo engraçado. O Diretor de Gestão do Serpro, Laerte Dorneles Meliga, tomou uma providência que considero louvável.
Criou um Grupo de Trabalho que terá como principal atribuição: “Definir os procedimentos para operacionalização da Unidade de Cobrança de Débitos de Clientes na Gestão Financeira”.
Deve se tratar de novos débitos, porque o presidente do Serpro, Marcos Mazoni, jura de pés juntos que eles não existem.
Mas, deixando essa questão de lado, esse novo “GT” criado agora terá que elaborar uma série de medidas, que visem solucionar as pendências financeiras que alguns órgãos têm com o Serpro. Aquela velha turma que pede serviços, mas depois não paga.
Disse lá em cima que considero louvável a medida e reafirmo. O Serpro precisa desses recursos, pois não trabalha de graça e isso afeta as finanças e os investimentos que a empresa precisa fazer.
Se tem picareta dentro do governo que contrata serviço e não paga, tem mais é que levar uma ‘sumanta’. Eu, se fosse um diretor dessa empresa, metia essa cambada no CADIM. Mas o Serpro prefere adotar o velho tom conciliador.
Mas…
Não não vou aliviar a tua barra Laerte Meliga.
Acho um tanto curioso um diretor – que até bem pouco tempo era um dos ordenadores de despesas do Ministério da Fazenda e tinha o dinheiro nas mãos para pagar o Serpro, – agora criar um “GT ” para discutir como fazer para tirar dinheiro dos inadimplentes, inclusive os do Ministério da Fazenda, seu antigo endereço de trabalho.
Enfim, o diretor começou a sentir na pele que, do outro lado do balcão, a vida não é sempre cor de rosa como parecia lá no Ministério da Fazenda.
* Qualquer reclamação Laerte, me liga.