Estou me divertindo com o noticiário que envolve a viagem ao Catar de Fabio Faria, o ministro do Twitter, que nas horas vagas despacha no Ministério das Comunicações, além de ser candidato à senador pelo Rio Grande do Norte e marido de Patrícia Abravanel. Faz lembrar os áureos tempos da revista “Contigo” e suas famosas “fofocas” envolvendo artistas, alpinistas sociais e endinheirados.
Só não estou conseguindo entender onde está a “verdade” nessa história. Mas a julgar pela forma como o ministro vem desmentindo a colunista do jornal O Dia, deixa transparecer que a “autoridade” pisou na bola. Se viajou para o Catar com a esposa, com tudo pago pelo tal do “sheik”, então recebeu um presente caro, um “brinde” que vai muito além ao que é permitido por lei e já deveria estar sendo investigado pela Comissão de Ética Pública.
Se entretanto não viajou com a patroa para uma viagem dos sonhos ao Catar, que custou pra lá de R$ 25 mil (só a passagem) na Qatar Airways, está perdendo tempo ao não apresentar logo o gastos que fez às custas do governo. Até agora Fabio Faria apenas disse a um jornal do Rio Grande do Norte, onde tem interesses eleitorais, que tudo não passa de mentiras. Contudo, sem apresentar provas para confirmar essa afirmação.
Também é de se indagar os motivos da secretária-executiva Estella Antonichelli participar da tal “Missão 5G” no Qatar e na Coreia do Sul, já que ela deveria ser a substituta de Faria justamente quando ele se ausenta do país. Foi presente? Indaga-se quando Estella irá sentar na cadeira que ganhou no ministério. Até agora a atividade dela no MCOM tem se resumido a ser assessora de campanha eleitoral de ministro.
Estella também já esteve nos EUA em outra “Missão 5G” de Fabio Faria, que ninguém sabe dizer até agora pra que serviu. Esse papo de “conhecer a tecnologia 5G na sede do fabricante” não cola.
Até porque, ao governo compete apenas fazer um leilão de frequências. Escolher fabricante e como a infraestrutura será implantada no Brasil, considerando o previsto em edital, é da competência das empresas. Trata-se de atividade econômica privada e não cabe ao Estado Interferir.
Essas “Missões 5G” tem mais cara de lobby para fabricante às custas do erário, do que a real necessidade de o Ministério das Comunicações conhecer a tecnologia.
*Vamos lá, Fabio Faria: mostre logo todas informações sobre os gastos dessa viagem e desminta o jornal O Dia. Ou será que vamos ter de pedir isso pela LAI ou para a dona Patrícia?