A juíza federal do Tribunal Regional do Trabalho –TRT-12 (Santa Catarina), Danielle Bertachini, mostrou hoje durante a 6º Mostra de Tecnologia “Brasília + TI“, como estão sendo utilizadas ferramentas de OSINT (Open Source Intelligence), que têm contribuído para juizes catarinenses proferirem decisões em processos trabalhistas. Durante sua palestra no painel “o uso dos rastros digitais como prova nos processos trabalhistas”, Danielle explicou que, quanto maior o uso de softwares em código aberto para investigar a conduta de empresários e trabalhadores nesses litígios, maior tem sido o grau de assertividade nas decisões judiciais.
“Toda a tecnologia, todo avanço dessa tecnologia vem para nos ajudar”, destacou a juíza, que apresentou algumas da ferramentas de OSINT que o TRT-12 vem se valendo para colher provas digitais em ações trabalhistas. “O xis dessa questão é como vamos usar e como vamos organizar todas as informações”, explicou. Danielle Bertachini defende a automação do judiciário, no sentido dos juízes poderem conhecer melhor quais ferramentas que estão disponíveis no universo de convênios que a Justiça do Trabalho assina com empresas de TI, e quais eles podem se valer para qualificar os processos trabalhistas. “Isso é a tecnologia em favor do Poder Judiciário”, afirmou.
A juíza informou que o judiciário trabalhista ainda está “estrangulado” pela quantidade de processos pendentes no Brasil. Em 2009, segundo ela, a Justiça do Trabalho contabilizava 86 milhões de processos trabalhistas. E mesmo com todo o esforço concentrado, alcançado através de forças-tarefas, o judiciário ainda tem pendente cerca de 83 milhões de processos.
Assista a apresentação da juíza do Trabalho de Santa Catarina. Todos os empresários e suas respectivas unidades de recursos humanos, assim como os próprios trabalhadores e sindicatos, deveriam se aprofundar mais no assunto, pois o uso das ferramentas de OSINT estão fazendo a diferença para juízes que já as manipulam na busca de fazer justiça para um dos lados dessa moeda:
