WideLabs: o capitão que agradou o MCTI da comunista Luciana Santos

Os sócios da WideLabs são bem sucedidos, mas não necessariamente demonstram ter muita experiência no desenvolvimento de software, ainda mais aplicações de Inteligênjcia Artificial. O que não significa nada, considerando que são executivos que podem muito bem gerir uma startup. Apenas deixa margem para dúvidas sobre como o governo chegou à conclusão de que a empresa merecia lançar uma aplicação de IA generativa no maior evento de Ciência e Tecnologia do país, em detrimento da presença de outras empresas desta área.

Pelo menos dois sócios tem um histórico completamente fora da área de Inteligência Artificial, indicando que estarão mais à frente do Marketing comercial e político da empresa, do que atuando no desenvolvimento da IA. Um terceiro é medico e o quarto, ao que parece, é quem realmente irá carregar as pedras dentro do chão de fábrica, embora tenha se formado recentemente na área.

Dentre os sócios, o mais “falante” nas redes sociais é Nelson Leoni. Ele foi o maior divulgador do lançamento da IA generativa “Amazonia IA”, durante e depois da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5CNCTI). Nelson tem formação em Marketing Digital pela FGV, passagens por diversas empresas, o que lhe rendeu até uma função de organizador das redes sociais da Unicef, na área digital.

Chama a atenção também o fato dele ter sido capitão do Exército e participado da Força Brasileira de Paz da ONU no Haiti em 2005, no primeiro Governo Lula, onde serviu sob o comando do então General Heleno, que anos depois tornou-se Chefe do GSI do Governo Bolsonaro e passou a nutrir ódio ao PT. Em 2005 Nelson participou de uma operação militar que acabou provocando um conflito armado com mortos e feridos. Na época os relatos davam conta de que a ONU pediu a substituição do General Heleno e este nunca perdoou Lula por aceitar a troca de comando. O próprio capitão Nelson Leoni foi baleado no coração por uma AK-47 e a sua experiência no Haiti foi contada por ele depois num livro que pode ser adquirido pela Amazon. O livro “Life After Life” está até em oferta na livraria virtual.

Nem Lula, nem Bolsonaro

Outro sócio da WideLabs, que por sua posição política chama a atenção é André Beck, o mais recente na sociedade. Ele se apresenta no LinkedIn como dono da “Vibra Comunicação”, empresa que teria sido responsável pela “carreira do cavaleiro olímpico Rodrigo Pessoa, administrando seus contratos de patrocínio com a Globo.com, Vasco da Gama e Embraer”.

Beck também demonstrou no Instagram ser um empresário apartidário, mas com opiniões fortes contra as candidaturas à Presidência da República de Lula e também pela reeleição do ex-presidente, Jair Bolsonaro. Porém não expressa claramente em quem votou no último pleito presidencial. Se é que votou.

Já o terceiro sócio, Marcelo Chapper é médico, com formação acadêmica na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e pela PUC-RS. O médico tem mostrado um amplo trabalho social na área de saúde de Porto Alegre, sobretudo depois das enchentes. Já o sócio Rodrigo Mor Malossi é o que aparenta que terá maior contato com a tecnologia. Formado recentemente pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rodrigo será o CTO da WideLabs.