O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), teve de ir para as redes sociais neste domingo, para esclarecer que apoia a candidatura à reeleição do presidente Lula e defende que o partido caminhe nessa direção. Fez isso após o jornal O Globo destacar que o ministro não garantiria o apoio do União Brasil a uma segunda edição do governo do PT. O jornal preferiu esconder o apoio do ministro a Lula, distorcendo a informação sobre o seu poder de interferir nos rumos do partido em 2026.
O União Brasil neste momento, assim como qualquer outra agremiação de centro-direita que esteja garantindo a governabilidade de Lula no Congresso Nacional, não tem na sua agenda eleitoral a campanha presidencial de 2026. Por uma razão simples: desenhar qualquer cenário para 2026 somente será possível, quando as urnas da campanha municipal estiverem fechadas no fim deste ano. É evidente que o Brasil que sair das urnas municipais definirá como se dará a eventual tentativa de reeleição de Lula.
Debater em 2024 a possivel reeleição de Lula no final de 2026 é uma tática que a imprensa que já apoiou golpes de Estado vem adotando para fragilizar o governo. Chega a ser ridículo discutir um cenário eleitoral que somente ocorrerá daqui a três anos.
Juscelino foi taxativo à pergunta dos repórteres de O Globo sobre sua posição na eleição de 2026:
Mas a edição do jornal preferiu apostar na intriga partidária, como se o deputado Juscelino Filho, hoje no posto de ministro, poderia decidir sozinho como o União Brasil se comportará no processo eleitoral de 2026.
Juscelino só teve como recurso, contestar a postura do jornal que não destacou o fato principal: ele apoia a releição de Lula. O ministro foi honesto ao destacar que o União Brasil é uma legenda que tem vida própria e somente no futuro irá se posicionar sobre candidaturas presidenciais.
Ao contrário do tom de intriga que o jornal fez transparecer, Juscelino fez elogios ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que já se declarou pré-candidato do partido à Presidência da República. Apenas tratou a questão como uma decisão de um quadro do União Brasil que tem legitimidade para querer representar a legenda, mas que ainda será avaliado politicamente pelo partido no futuro.
Não houve a intenção do ministro de mostrar algum apoio à Ronaldo Caiado agora, nem tampouco de se posicionar contra. Juscelino apenas foi honesto e deixou claro que o União Brasil terá o direito de discutir internamente o rumo que irá tomar, mas antecipou que o seu posicionamento é pela reeleição de Lula.
*Independentemente da tutela que os editores do jornal O Globo estejam querendo.