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Um esclarecimento sobre a equipe de transição que trata de Comunicações. Quando eu critico o GT, refiro-me apenas ao trio que já foi governo: Paulo Bernardo, Cezar Alvarez e Jorge Bittar. Que não fizeram nada de relevante, que não fosse para agradar as empresas de telefonia e alguns fabricantes de PCs. Não tenho motivos para duvidar do trabalho dos demais integrantes que voluntariamente farão a parte pesada do trabalho que este trio não está acostumado, mas precisa deles para voltar ao poder: pensar.
Negócios transitórios
Interessante saber via Painel S.A. da Folha de São Paulo, que as empresas DrumWave e IBM – que já contam com o apoio do Ministério da Economia e do Serpro neste governo para entrar no país monetizando dados de brasileiros, está pretendendo “conversar” esta semana com a equipe de transição do Governo Lula para mostrar o seu “modelo de negócios”. Está aí uma coisa que eu não sabia; que equipe de transição também servia para conversar sobre negócios com empresas privadas e tinha poderes para interferir em favor delas num próximo governo. É bem estranho saber isso, pois achava até agora que não era certo que o “interlocutor da transição” que receber tal empresa estará futuramente participando do próximo governo. Que só assume em janeiro de 2023. Achava que transição se limitava apenas a diagnosticar o governo que está saindo, para produzir relatório sobre o que será possível fazer na próxima gestão. Bom, se a equipe de transição vai inaugurar mais essa atividade, recomendo à todas as empresas que não percam tempo e marquem logo uma visitinha ao Centro Cultural do Banco do Brasil.
Assaltam-me dúvidas
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Porque será que toda vez que o coordenador da transição e vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, ao conceder uma entrevista para a imprensa é obrigado a dividir a tela da tevê com Aloizio Mercadante e Gleisi Hoffmann? Eles não abrem a boca para nada, mas sempre estão ali fazendo cara de paisagem?
Será que o vice precisa ser tutelado?
Todos pela Dataprev
Pelo menos cinco ex-presidentes da Dataprev sonham em voltar para o comando da empresa e se movimentam nos bastidores para isso: Lino Kieling, José Antônio Borba Soares, Rodrigo Assumpção, Gustavo Canuto e Leandro Magalhães. Todos buscam apoio político, mas hoje na cotação dos nomes mais fortes e que podem efetivamente emplacar o cargo, pelas ligações políticas que têm, seriam os de Rodrigo e Leandro.
Diretorias do Serpro
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Já no Serpro a briga não é só pela presidência da estatal. O bando de ex-diretores interessados em uma nova boquinha é de assustar. Disputam vaga nas diretorias: Alexandre Ribeiro Motta, Marco Aurelio Sobrosa, Antonio Sergio Borba Cangiano, Marcos Mazoni, Vera Moraes, Gustavo Gama Torres, Armando Frid e Sérgio Rosa. Todos já ocuparam diretorias no Serpro nos últimos 20 anos e muitos já deveriam estar de pijama ou num asilo. Mazoni foi o único que chegou a presidente da estatal. Além dessa tropa do PT para o Serpro, são aguardadas as indicações do PDT e do PSB que ainda não estão identificados na praça.
Terra de Ninguém
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Não há em nenhum grupo de trabalho da transição uma coordenação de Tecnologia da Informação que trate dos principais temas da área. Foi como eu disse, o PT não teve papel marcante nos últimos anos em nenhuma discussão relevante no Executivo ou no Legislativo que envolvesse o setor. E os que tinham em outros partidos não estão lá formalmente; no máximo darão alguma contribuição como “colaboradores”. É incrível, mas assuntos como Transformação Digital, Segurança da Informação, Inteligência Artificial, Proteção de Dados, Internet das Coisas entre outros relevantes para o país, não fazem parte da agenda do próximo governo. No máximo debaterão o setor de hardware no GT de Ciência, Tecnologia e Inovação por conta da Lei de Informática. Assim mesmo, o único nome que se poderia ter alguma intimidade com o assunto, embora estivesse mais para a área de software, seria o Leandro Magalhães, que foi ex-presidente da Dataprev.
Terra de Ninguém 2
Por conta dessa falta de um GT para cuidar de Tecnologia da Informação, as direções do Serpro e da Dataprev até agora não foram chamadas por ninguém para prestar informações de suas atividades. As duas maiores estatais de tecnologia da América Latina (no mínimo) nem sabem a quem se reportar para prestar essas informações. Incrível.
Estatização da telefonia fixa?
Sério que esse assunto circulou em reunião do GT de Comunicações e gerou o maior bate-boca entre técnicos do governo e da transição? Sinistro, se for verdade.